Para os anos subsequentes, 2025 e 2026, a expectativa é de um crescimento estável de 2%

O otimismo permeia o mercado financeiro brasileiro com a recente elevação das projeções de crescimento econômico para 2024. De acordo com o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (10), espera-se que o Produto Interno Bruto (PIB) do país feche o ano com um aumento de 2,09%, mantendo o mesmo índice projetado quatro semanas atrás. Esta estimativa representa um leve aumento em relação à previsão da semana passada, que era de 2,05%. Para os anos subsequentes, 2025 e 2026, a expectativa é de um crescimento estável de 2%.

Em paralelo, as projeções para a inflação também sofreram ajustes, com o mercado financeiro aumentando a expectativa para este ano de 3,88% para 3,9%. Quatro semanas atrás, a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estava em 3,76%.

A estimativa atual para a inflação de 2024 está alinhada com a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, definindo assim um limite inferior de 1,5% e um superior de 4,5%.

O boletim Focus, que compila as previsões de economistas e analistas do mercado financeiro consultados pelo BC, também registrou um aumento na projeção de inflação para 2025, passando de 3,77% para 3,78%. Para 2026, a inflação é prevista em 3,6%, e para 2027, em 3,5%.

Quanto à taxa básica de juros, a Selic, o Focus manteve a previsão para o fechamento de 2024 em 10,25%, apesar da taxa atual estar em 10,5%. Há quatro semanas, a expectativa do mercado era que a Selic terminasse o ano em 9,75%.

No que diz respeito ao câmbio, os analistas mantiveram a previsão para 2024 em R$ 5,05, sem alterações em relação às últimas quatro semanas, quando a projeção era de que o dólar ficasse em R$ 5,00. Para 2025, a expectativa é que o dólar se mantenha em R$ 5,05, enquanto para 2026, a projeção é de que o câmbio feche em R$ 5,10 e, para 2027, em R$ 5,11.

Essas projeções refletem uma visão cautelosamente otimista do mercado, indicando uma recuperação gradual da economia brasileira em meio a um cenário global ainda repleto de incertezas. A manutenção de uma inflação dentro da meta e o crescimento sustentável do PIB são sinais promissores para investidores e para a população em geral, que espera por melhorias econômicas tangíveis nos próximos anos.