Cachorro acompanha paciente em enfermaria de hospital em Fortaleza

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Pacientes e acompanhantes reclamam da estrutura e da falta de higiene no hospital

De acordo com a população, há superlotação, falta insumos e outros materiais de higiene no hospital Frotinha do Bairro Antônio Bezerra. A Prefeitura de Fortaleza nega.

Acompanhantes de pacientes do Frotinha do Antônio Bezerra, em Fortaleza, estão denunciando a superlotação, falta de insumos, demora nos procedimentos e até a presença de animais de rua na enfermaria.

Em nota, a Prefeitura de Fortaleza nega a falta de macas e insumos.

A idosa Francisca Constantina, de 97 anos, chegou na unidade com febre e passando mal na manhã desta terça-feira (18).

Não havia, no entanto, estrutura básica para receber a mulher

“O pessoal da portaria disse que não tem maca, não tem uma cadeira (de rodas) para colocar. Tive que insistir para colocar ela sentada ao menos. Ela tem 97 anos e está toda se tremendo porque está com febre”, relatou a acompanhante da idosa.
Maria Conceição, outra paciente, foi ao hospital após sentir fortes dores no joelho e não conseguir andar. Ela, no entanto, desistiu do atendimento no Frotinha do Antônio Bezerra e cedeu a cadeira de rodas em que estava para Francisca Constantina.

“Vim com o joelho desse jeito e nem uma medicação na veia passaram. Volto para casa e tenho que comprar o remédio para tomar”, disse Conceição.

Ainda de acordo com relatos da população, os problemas não se limitam a este primeiro atendimento.

Quem está internado enfrenta outra fase de dificuldade: os pacientes denunciam que faltam profissionais, material, infraestrutura e respostas.

Três fontes também acompanhantes de pacientes do hospital contam que a infraestrutura para quem está internado deixa a desejar. Uma foto também mostra um cachorro de rua circulando pelo mesmo ambiente de pacientes e acompanhantes.

Os denunciantes também relatam que não há leitos suficientes e pessoas estão nos corredores. Muitos acompanhantes improvisam camas no chão e faltam também materiais hospitalares e itens de higiene.

“Não tem lençol. Às vezes não tem um esparadrapo para ajudar as enfermeiras. Hoje tem 30 pacientes para um enfermeiro. Fica inviável de fazer alguma coisa”, acrescentou Manuele Costa, que também acompanhava um paciente.
Respostas
Familiares de duas pacientes ouvidas pela reportagem disseram que elas começaram o procedimento cirúrgico no fim da tarde de terça-feira (18).

Em nota, a Prefeitura de Fortaleza disse que as outras mulheres estão recebendo todos os cuidados necessários e nega a falta de macas e insumos.

Em relação ao cachorro que apareceu na enfermaria, a pasta disse que o animal vai diariamente à unidade em busca de comida e que o Centro de Controle de Zoonoses foi chamado.

Fonte- G1

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