Políticos e entidades criticam manutenção de juros básicos

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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O presidente da CNI, Ricardo Alban, defendeu que manter o ritmo de corte na Selic seria mais adequado

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de interromper o ciclo de cortes da taxa Selic, os juros básicos da economia, gerou controvérsias e descontentamento entre políticos e representantes do setor produtivo. A manutenção dos juros em 10,5% ao ano foi alvo de críticas, com argumentos que destacam seus impactos na recuperação econômica.

A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffman (PR), expressou sua insatisfação em uma postagem na rede social X (antigo Twitter). Ela classificou como injustificada a decisão do Copom, afirmando que não há embasamento técnico, econômico ou moral para manter a taxa básica de juros nesse patamar. Gleisi ressaltou que nem mesmo as especulações mais exageradas ameaçam a banda da meta de inflação, e criticou a postura de favorecimento ao mercado e especuladores por parte do Banco Central.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também se manifestou contrária à decisão do Copom. Na terça-feira (18), a CNI havia solicitado que o BC continuasse a reduzir os juros básicos da economia. Segundo a entidade, a manutenção da taxa atual imporá restrições adicionais à atividade econômica, prejudicando emprego e renda, sem que o cenário inflacionário justifique tal sacrifício.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, defendeu que manter o ritmo de corte na Selic seria mais adequado, contribuindo para aliviar o custo financeiro enfrentado por empresas e consumidores, sem comprometer o controle da inflação.

Por sua vez, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) emitiu nota afirmando que a manutenção da taxa básica de juros em patamares elevados reflete uma postura cautelosa diante da inflação, que atualmente está abaixo do padrão brasileiro.

Em resumo, a decisão do Copom continua sendo objeto de debate e crítica, com diferentes atores expressando suas preocupações e avaliações sobre o impacto econômico dessa medida.

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