Ceará e mais 9 estados tem aumento de síndrome respiratória aguda grave

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
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Há uma persistência do aumento em crianças pequenas nos estados do Norte como Amapá, Roraima e Ceará

O boletim do InfoGripe divulgado recentemente revela um aumento significativo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em dez estados brasileiros. Amapá, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Roraima e São Paulo estão enfrentando um crescimento na incidência de SRAG, impulsionado pelos vírus influenza A, sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

Segundo dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), até o dia 24 de junho, o Brasil mostra indícios de estabilidade da SRAG no panorama nacional, tanto a longo prazo (últimas seis semanas) quanto a curto prazo (últimas três semanas). Entretanto, há uma persistência do aumento de VSR em crianças pequenas nos estados do Norte como Amapá, Roraima e Ceará.

A covid-19, embora tenha registrado baixa circulação comparada aos picos anteriores, continua sendo a principal causa de internação por SRAG entre idosos no Ceará nas últimas semanas. Alguns estados das regiões Norte e Nordeste também apresentam atividade leve da doença.

Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, destaca que não há evidências claras de crescimento da circulação da covid-19 no país, mas alerta para a recente atividade do vírus nas regiões Norte e Nordeste. Ela enfatiza a importância da vacinação contra influenza e covid-19 para todos os elegíveis, além de cuidados como uso de máscaras em ambientes fechados e aglomerados, especialmente nas regiões com alta circulação de vírus respiratórios.

Nos últimos quatro períodos epidemiológicos, a prevalência dos vírus respiratórios entre os casos positivos foi de influenza A (22,6%), influenza B (0,8%), vírus sincicial respiratório (47,2%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (6%). Entre os óbitos registrados, os mesmos vírus tiveram presença significativa: influenza A (47,1%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (21,5%) e Sars-CoV-2/Covid-19 (22,4%).

As autoridades de saúde recomendam vigilância contínua e medidas preventivas rigorosas para conter a propagação desses vírus e proteger grupos vulneráveis da população.

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