Marina Silva suspeita que incêndio no Pantanal foi causado por ação humana

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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De acordo com a ministra, a ação humana é a principal causa da devastação no bioma

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, revelou que a Polícia Federal está investigando de 18 a 19 focos de incêndio no Pantanal para determinar a autoria. De acordo com a ministra, a ação humana é a principal causa da devastação no bioma.

Em entrevista no Palácio do Planalto, após a terceira reunião da sala de situação criada pelo governo federal, Marina Silva destacou que 85% dos incêndios atuais ocorrem em propriedades privadas, afastando a hipótese de causas naturais como raios. Com base em dados do Ibama e do ICMBio, as investigações indicam que os incêndios podem ser criminosos. A ministra descreveu a situação no Pantanal como desoladora e afirmou que a tecnologia avançada utilizada não permite falhas na identificação dos focos de incêndio.

O Pantanal enfrenta uma severa estiagem, com mais de 3,8 mil focos de calor e 700 mil hectares consumidos pelas chamas até agora. Os esforços de combate aos incêndios foram antecipados devido à falta de chuvas, que já dura seis anos. Dados do Inpe mostram um aumento significativo nas queimadas, com 9.014 ocorrências nos últimos 12 meses, quase sete vezes mais que no mesmo período do ano anterior.

A sala de situação, criada há duas semanas, trata da seca e do combate a incêndios no Pantanal e na Amazônia. O grupo interministerial é comandado pela Casa Civil da Presidência, com participação dos ministérios do Meio Ambiente, Integração e Desenvolvimento Regional, Defesa, Justiça e Segurança Pública.

Na última sexta-feira (28), as ministras Marina Silva e Simone Tebet sobrevoaram a região de Corumbá (MS), um dos epicentros dos incêndios. Mais de 250 agentes federais, incluindo brigadistas e a Força Nacional, estão atuando na área, com previsão de permanência por 60 dias.

O governo federal liberou R$ 100 milhões para ações do Ibama e do ICMBio no bioma. O estado de Mato Grosso do Sul reconheceu situação de emergência em municípios afetados, facilitando a liberação de recursos e a compra de equipamentos. Duas bases foram montadas, uma em Corumbá e outra na Rodovia Transpantaneira, para apoiar as operações de combate e monitoramento dos incêndios.

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