Sobral precisa de remédio
A história sobralense, em todas as suas narrativas sobre o comportamento dos coronéis, desde a sua criação, deixa bastante claro que: em período algum do passado tenha existido um modelo de governo mais rigoroso que o atual. Por mais aloprados que tenham sido alguns mandantes políticos, juristas, empresários, dentre outros, nenhum deles supera a tediosa gestão da atualidade, que age de forma brutal, desrespeitando e afrontando os moradores com ações perseguidoras, extorsivas e intimidadoras.
Como se não bastasse o desprezo dado às comunidades, a violência que assola, a gestão vive isolada da sociedade, da qual faz chacotas e ignora suas dificuldades, a maioria delas decorrentes da falta de ações do executivo, da irresponsabilidade de boa parte do legislativo e do silêncio sepulcral do judiciário, que vê a banda passar sem se dar conta do que ela toca.
Sobral está envelhecendo. Logo mais terá 251 anos somente de vila, e no entanto, permanece acanhado, vendo as mesmices das ações dos gestores, que agem como animadores de festas que enganam crianças com pirulitos. Em Sobral tem pirulitos e muita bala, contudo, quase ninguém mais se abala, fala, reclama e se desespera. Trata-se de uma realidade abismal, que virou característica do modelo que sobrevive no poder. Estamos acuados, igualmente a preás quando capinzal se incendeia. Há remédio? Há sim, mas só poderá ser usado no próximo mês de outubro, em dose única e decisiva. E que seja uma dose forte, capaz de expulsar o vírus que está engolindo Sobral.