Serviços ficam estável em maio após dois meses de alta

Foto: Arquivo/Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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Os serviços estão 12,7% acima do nível de fevereiro de 2020, período pré-pandemia, e 0,9% abaixo de dezembro de 2022, o ponto mais alto da série histórica

Após dois meses consecutivos de crescimento, o volume de serviços prestados no Brasil permaneceu estável (0,0%) na transição de abril para maio, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em comparação com maio de 2023, o setor registrou um aumento de 0,8%, após ter avançado 5,5% em abril. Com esse resultado, os serviços estão 12,7% acima do nível de fevereiro de 2020, período pré-pandemia, e 0,9% abaixo de dezembro de 2022, o ponto mais alto da série histórica. No acumulado de 2024, o setor apresentou um crescimento de 2,0% em relação ao mesmo período de 2023. Nos últimos 12 meses, no entanto, houve uma desaceleração, passando de 1,6% em abril para 1,3% em maio de 2024.

O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, destacou que, apesar da variação nula, houve disseminação de taxas negativas em termos setoriais e regionais. Das cinco atividades pesquisadas na Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), três apresentaram recuo. O setor de transportes foi o principal destaque negativo, com queda de 1,6%, influenciado principalmente pela menor receita do transporte aéreo e do transporte rodoviário coletivo de passageiros.

As atividades de informação e comunicação (-1,1%) e outros serviços (-1,6%) também registraram quedas, interrompendo uma sequência de dois resultados positivos consecutivos. Por outro lado, os serviços prestados às famílias cresceram 3,0%, recuperando a perda de 2,7% do mês anterior, impulsionados principalmente pelo setor de restaurantes. O gerente da pesquisa sugeriu que o Dia das Mães e eventos de grande magnitude, como o show da Madonna no Rio de Janeiro, podem ter contribuído para esse aumento.

O setor de serviços profissionais, administrativos e complementares teve um crescimento de 0,5%, recuperando parcialmente a queda de abril. Já as atividades turísticas registraram uma leve queda de 0,2% em maio, após dois meses de alta que acumularam um ganho de 2,4%.

Regionalmente, seis dos 12 locais pesquisados tiveram recuo. No Rio Grande do Sul, os desastres provocados pelas enchentes resultaram em uma queda significativa de 32,3% no setor de serviços, impactando a infraestrutura das cidades e a mobilidade da população. São Paulo (-1,8%) e Paraná (-2,8%) também apresentaram desempenhos negativos importantes. Em contrapartida, o Rio de Janeiro avançou 2,5% e a Bahia 1,9%.

Em maio, o segmento de turismo estava 4,6% acima do patamar pré-pandemia e 3,0% abaixo do ponto mais alto da série, em fevereiro de 2014. O volume de transporte de passageiros recuou 7,0% em relação a abril, após um crescimento de 10,4% no mês anterior, situando-se 4,4% abaixo do nível de fevereiro de 2020 e 26,4% abaixo de fevereiro de 2014, segundo o IBGE.

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