Espaçonave vai acompanhar passagem de asteroide perto da Terra

Foto: ESA
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A ESA anunciou que sua nova espaçonave, Ramses, acompanhará o asteroide Apophis

Quando um asteroide do tamanho de um navio de cruzeiro se aproximar a 32 mil quilômetros da Terra em 13 de abril de 2029, ele não estará sozinho. A Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou que sua nova espaçonave, Ramses, acompanhará o asteroide Apophis antes e depois de sua passagem segura, embora bastante próxima, pelo nosso planeta.

A rocha espacial, que mede 375 metros de diâmetro, chegará mais perto da Terra do que muitos satélites em órbita e ficará 10 vezes mais próxima que a Lua. Apophis estará tão perto que será visível a olho nu para cerca de 2 bilhões de pessoas em grande parte da Europa, África e partes da Ásia.

Para alcançar Apophis em fevereiro de 2029, a espaçonave Ramses deve ser lançada em abril de 2028. A ESA já começou os preparativos para essa missão ambiciosa, mas a decisão final sobre o compromisso ocorrerá na reunião do Conselho Ministerial da ESA em novembro de 2025.

Apophis foi descoberto em 2004 e é nomeado em homenagem ao deus egípcio do caos e da escuridão. Inicialmente, havia preocupações de que o asteroide pudesse impactar a Terra em 2029 ou 2068, mas observações subsequentes descartaram qualquer risco para o próximo século, segundo o Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra da NASA.

Cientistas usam radar e telescópios para estudar objetos próximos à Terra e avaliar os perigos que podem representar. Embora Apophis atualmente não represente perigo, sua passagem oferece uma oportunidade rara. Astrônomos acreditam que um asteroide desse tamanho se aproxime tanto da Terra apenas uma vez a cada 5 mil a 10 mil anos.

A ESA e a NASA planejam usar esse evento cósmico único para estudar as interações entre rochas espaciais e a gravidade da Terra, enviando espaçonaves para acompanhar Apophis de perto.

“Ainda há muito que precisamos aprender sobre os asteroides, mas, até agora, tivemos que viajar para o fundo do Sistema Solar para estudá-los e realizar experimentos nós mesmos para interagir com sua superfície,” disse Patrick Michel, astrofísico e diretor de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França. “Pela primeira vez, a natureza está trazendo um até nós e realizando o experimento por conta própria.”

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