Fundo para pandemias lança mobilização internacional por investimentos no Rio de Janeiro
O fundo é formado por diversas instituições como bancos e organizações como a OMS
Criado em 2022, o Fundo para Pandemias (The Pandemic Fund) lançou uma mobilização internacional por investimentos nesta quarta-feira (24), no Rio de Janeiro. O evento ocorreu paralelamente ao encontro de ministros de finanças e presidentes de bancos centrais do G20, grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e da União Africana.
Idealizado após a crise sanitária provocada pela pandemia de covid-19, o fundo é o primeiro mecanismo de financiamento global destinado a ajudar países vulneráveis a combater surtos pandêmicos futuros. “Todos temos interesse na prevenção, detecção e gestão de emergências de saúde. Essa é a missão do Fundo para Pandemias”, afirmou a chefe executiva do projeto, Priya Basu. A campanha de investimentos tem como objetivo arrecadar US$ 2 bilhões em novos financiamentos nos próximos dois anos para sustentar as ações do fundo.
O fundo é formado por diversas instituições, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Mundial (Bird), o Banco Europeu de Investimentos (BEI), a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). Na sua primeira chamada de propostas, o projeto arrecadou US$ 667 milhões do governo norte-americano e US$ 54 milhões do governo alemão.
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, citando o presidente Joe Biden, expressou confiança de que o fundo permitirá uma melhor prevenção, preparação e resposta a pandemias, protegendo tanto americanos quanto pessoas ao redor do mundo de enormes custos humanos e econômicos. A ministra do Desenvolvimento da Alemanha, Svenja Schulze, destacou que a iniciativa é “fundamental para alcançar uma melhor preparação global para surtos de doenças infecciosas”.
Para reforçar a segurança sanitária local e global, a FAO participará da implementação de 12 projetos no valor de US$ 264 milhões, como parte da primeira rodada de financiamento do Fundo para Pandemias. Essas propostas envolvem a participação da organização em parceria com governos e outras agências, como a OMS, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Banco Mundial e o Banco Asiático de Desenvolvimento.