Ambulantes afirmam que Zona Azul e multas prejudicaram as vendas em Sobral

Foto: Edwalcyr Santos/Sistema Paraíso
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As mudanças no trânsito como a transferência das vans para o novo terminal, também contribuiu para diminuir as vendas

O Portal Paraíso conversou com alguns ambulantes e comerciantes de Sobral que reclamaram da queda nas vendas e falam que a política de trânsito é um dos fatores que afetou diretamente o comércio na cidade. A maioria não quis se identificar porque, de acordo com eles, são perseguidos e têm medo de serem retirados de onde estão como já aconteceu em outras ocasiões.

Um dos comerciantes afirmou que os clientes criticam a expansão da Zona Azul no Centro de Sobral e do medo de ser multado pelos guardas ou pelas câmeras de videomonitoramento. “Muitos clientes já disseram que deixaram de comprar no Centro com medo de multas e porque a Zona Azul tomou conta da cidade”, afirmou o comerciante que pediu para preservar sua identidade.

O ambulante, o Sr. João Fernandes, fixado próximo ao Becco do Cotovelo disse que as lojas estão fechando porque não tem estacionamento para os clientes. “O comércio de Sobral mudou muito. Antigamente o comércio começava 7h e hoje abre às 8h ou 8h30. O pessoal de outros municípios tinham a oportunidade de estacionar ou pegar seu transporte para voltar e hoje está mais difícil porque tudo mudou. O pessoal do interior está montando suas próprias lojas para não ter que vir para Sobral”, relatou o Sr. João Fernandes.

Um vendedor de miudezas que pediu para preservar sua identidade, falou da luta da classe em se manter nas ruas de Sobral. “A gente está instalado nas calçadas, mas tememos que a qualquer momento a Guarda Municipal nos tire. Já fomos expulsos da praça de Cuba e de outros lugares. Como a gente não pode ficar sem vender e não temos condições de alugar um ponto, temos que ficar na rua mesmo correndo esse risco, mas não vamos desistir, a necessidade fala mais alto”, disse

Já outro que também não quis se identificar reclamou do preço dos estandes cobrado pela Prefeitura no Mercado Central, que segundo ele, é muito caro e não compensa alugar. “Era para cobrar apenas uma pequena taxa para manutenção porque a Prefeitura tem dinheiro para custear o restante”, lamentou.

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