O masoquismo eleitoral

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É preciso correr antes que as cortinas se fechem e as luzes se apaguem

Há muitos erros nas leis que regem os serviços públicos, assim como nos poderes que as observam, ou deveriam observar. Essa tal democracia, essa utópica transparência, a cumplicidade dos parlamentares e os olhos fechados da justiça, compõem o espetáculo teatral que inspira as gestões públicas.

Pode haver atitude mais ridícula do que a de um prefeito que dá início a uma obra incômoda, sem antes consultar o povo? Que espécie de servidor público é esse prefeito, que não dá satisfação a seu criador e pagador? Por que o povo é ignorado durante os mandatos e querido nos períodos eleitorais? Até quando esse modelo antiquado e imoral irá prevalecer e afrontar à soberania popular?

É visível em Sobral que o sapo beijou o gestor e o despertou do sono profundo da incompetência, fazendo-o tirar todos os projetos engavetados e realiza-los de uma só vez.

De repente a cidade se vê tomada por milhares de servidores tentando  encenar os últimos espetáculos. É preciso correr antes que as cortinas se fechem e as luzes se apaguem.

Foge à compreensão humana a falta de sentimento de pessoas que passam anos e anos debaixo de peia, e que depois exaltam seus carrascos e os mantêm no poder que as maltrata. Isso, no mínimo, é uma síndrome de masoquismo agudo, que afeta os incapazes de gostar de trabalho, de formação e de moralidade. Infelizmente ainda não existe cura para esse mal antigo, pois não se sabe é loucura ou simples paixão.

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