Ministério da Saúde cria comitê para enfrentar possível disseminação da mpox

Foto: Reuters/Dados Ruvic
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O anúncio ocorre em meio à recente declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS)

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou nesta quarta-feira (14) a criação de um Comitê de Operação de Emergência para enfrentar a disseminação da mpox, uma doença que tem preocupado autoridades internacionais. O anúncio ocorre em meio à recente declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS), que classificou a situação da mpox na África como uma emergência em saúde pública de importância internacional, sinalizando um risco de disseminação global e uma possível nova pandemia.

Apesar da gravidade do alerta da OMS, a ministra enfatizou que o momento no Brasil é de alerta, mas não de alarme. “Vamos instituir um comitê envolvendo o Ministério da Saúde, Anvisa, conselhos de secretários municipais e estaduais de saúde. Estamos monitorando a situação de perto e tomando medidas preventivas, mas não há motivo para pânico”, afirmou Nísia, após um evento no Palácio do Planalto.

Entre as ações que o Ministério da Saúde planeja implementar estão a aquisição de testes de diagnóstico, alertas para viajantes e a atualização do plano de contingência. Em relação às vacinas, Nísia Trindade esclareceu que, por enquanto, não há previsão de imunização em massa, diferentemente do que ocorreu no ano passado, quando a vacinação foi realizada em caráter emergencial com doses liberadas provisoriamente pela Anvisa.

Embora a nova onda da doença apresente um risco considerado baixo para o Brasil neste momento, o país já registrou 709 casos de mpox e 16 óbitos em 2024. No cenário global, os casos superaram os números de 2023, com mais de 14 mil infecções e 524 mortes registradas até agora.

A mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma doença viral que pode ser transmitida a humanos através do contato com animais silvestres infectados, pessoas contaminadas ou materiais contaminados. Os sintomas incluem erupções cutâneas, linfonodos inchados, febre, dores no corpo, e outros sinais clássicos de infecção viral.

A decisão de criar o comitê reflete o compromisso do governo brasileiro em monitorar de perto a situação e adotar medidas preventivas para proteger a saúde pública, mesmo enquanto o risco permanece controlado.

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