Anvisa renova dispensa de registro de vacinas contra mpox por 180 dias

Foto: Reprodução/EBC/Porto Alegre 24 horas
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A renovação ocorre em meio a negociações do Ministério da Saúde para a aquisição emergencial de 25 mil doses junto à Opas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu renovar, por mais 180 dias, a dispensa de registro sanitário das vacinas Jynneos e Imvanex, adquiridas pelo Ministério da Saúde para prevenir a mpox. A medida foi oficializada com a publicação no Diário Oficial da União.

A decisão, tomada por unanimidade pela diretoria colegiada da Anvisa, autoriza o uso das vacinas em caráter excepcional e temporário a partir de 23 de agosto de 2024. A vacina Jynneos é produzida pela Bavarian Nordic, na Dinamarca, enquanto a Imvanex é fabricada pela IDT Biologika GmbH, na Alemanha. Ambas são, na essência, o mesmo produto, mas com nomenclaturas diferentes nos Estados Unidos e na Europa.

A renovação ocorre em meio a negociações do Ministério da Saúde para a aquisição emergencial de 25 mil doses junto à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). A mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, foi classificada como uma emergência de saúde pública de importância internacional, o que intensificou os esforços de vacinação.

A Anvisa já havia autorizado o uso emergencial da vacina Jynneos em 2023, devido à sua falta de licenciamento no Brasil, com a autorização sendo renovada em fevereiro deste ano. A vacina é destinada a adultos com 18 anos ou mais e possui um prazo de validade de até 60 meses, se mantida entre -60°C e -40°C.

Em paralelo, o Brasil avança no desenvolvimento de uma vacina nacional contra a mpox. O Centro de Tecnologia de Vacinas (CTVacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) está prestes a iniciar a fase de testes em humanos. A equipe está finalizando o Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamento (DDCM) para envio à Anvisa, buscando aprovação para os testes.

O projeto da vacina brasileira ganhou impulso após a declaração da emergência global, mas já vinha sendo desenvolvido há dois anos, desde a primeira emergência sanitária, como parte dos esforços para conter o risco de uma nova pandemia.

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