Endividamento das famílias brasileiras cai pelo segundo mês

Foto: TheDigitalWay/Pixabay
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Em agosto, 78% das famílias relataram ter dívidas a vencer, abaixo dos 78,5% de julho

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), apontou queda no percentual de famílias brasileiras endividadas pelo segundo mês consecutivo. Em agosto, 78% das famílias relataram ter dívidas a vencer, abaixo dos 78,5% de julho, mas ainda superior aos 77,4% registrados no mesmo período de 2023.

Apesar da redução no endividamento geral, a parcela de famílias que se consideram “muito endividadas” aumentou para 16,8%. De acordo com a CNC, esse movimento reflete a cautela no uso do crédito, em meio a um cenário econômico desafiador, marcado por juros altos e uma recuperação econômica lenta.

A inadimplência, por outro lado, permaneceu estável em 28,8% pelo terceiro mês consecutivo, embora o número de famílias que não conseguem pagar suas dívidas tenha subido para 12,1%. Além disso, o percentual de dívidas com mais de 90 dias em atraso chegou a 48,6%, o maior desde março de 2020.

O comprometimento da renda das famílias com dívidas ainda é elevado, atingindo 29,6% em agosto, enquanto 19,9% das famílias têm mais da metade de sua renda comprometida com pagamentos, o maior percentual desde junho.

O cartão de crédito continua como a principal modalidade de dívida, representando 85,7% dos casos, enquanto o crédito pessoal cresceu em participação devido a recentes reduções nas taxas de juros. No Rio Grande do Sul, que ainda sente os impactos das enchentes de maio, o endividamento chegou a 92,9%, o maior índice em quase um ano.

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