Se percebe em cada desfile a ausência e o entusiasmo, a começar pelo público

O Sete de Setembro, pouco a pouco vai deixando de ser comemorado como no passado. Se percebe em cada desfile a ausência e o entusiasmo, a começar pelo público, que antes era assíduo e manifesto nas comemorações.

Quem ainda lembra de como era a preparação das escolas para a grande data? Geralmente elas se envolviam em disputas e por isso investiam em pomposas bandas marciais, em fardamentos e trajes, alugavam cavalos, carros antigos e montavam diversos cenários. Ao final dos desfiles, os estudantes faziam grande algazarra, querendo saber logo o nome das escolas campeãs. Era um resumo simples de como ocorre até hoje nas escolas de samba do Rio e de São Paulo.

Logicamente que essa tradição já não empolga como antes. Na verdade, o patriotismo brasileiro se parece fake, isto porque a própria história está sendo deixada de lado e sem lugar na mente e no coração da maioria. A modernidade e seus incrementos conseguem desviar a atenção das classes, entes envolvidas, que não encontram motivo para comemorar o que há muito perdeu a essência.

Daqui a pouco os estudantes terão dificuldade de definir ou descrever os personagens que escreveram nossa história, se tornaram vultos, heróis, ou que de alguma forma tenham contribuído com a nossa existência. Infelizmente, o Brasil não merece mais se chamado de pátria, e sim de condomínio de imoralidades.