Tempo seco volta a afetar maior parte do território cearense

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Tempo seco contribui também para a má qualidade do ar, com os poluentes se concentrando nas camadas mais baixas da atmosfera.

Com uma sequência de semanas sem chuva e a pior seca da história do país, quatro regiões do Ceará devem ter baixos níveis de umidade do ar até domingo. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as regiões atingidas são a do Cariri, Centro-Sul, Sertão dos Crateús e parte da Ibiapaba.

Além da baixa umidade, o tempo seco contribui também para a má qualidade do ar, com os poluentes se concentrando nas camadas mais baixas da atmosfera.

O acúmulo da poluição com a fumaça vinda das queimadas, principalmente no Norte do país, pode trazer riscos à saúde.

Nesse cenário, as principais recomendações do Ministério da Saúde são:

Aumentar a ingestão de água e líquidos ajuda a manter as membranas respiratórias úmidas e, assim, mais protegidas.
Reduzir ao máximo o tempo de exposição, recomendando-se que se permaneça dentro de casa, em local ventilado, com ar-condicionado ou purificadores de ar.
As portas e as janelas devem permanecer fechadas durante os horários com elevadas concentrações de partículas, para reduzir a penetração da poluição externa.
Evitar atividades físicas em horários de elevadas concentrações de poluentes do ar, e entre 12 e 16 horas, quando as concentrações de ozônio são mais elevadas.


Quando volta a chover?
O bloqueio atmosférico, que tem feito com que as temperaturas se mantenham altas em todo o país e o tempo siga seco, é considerado forte e ainda deve demorar para ser quebrado.

Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo, disse que ainda não há expectativa para que a chuva volte a ficar regular no país a curto prazo.

“Nós só vamos começar a pensar nessas pancadas de chuva caindo quase todas as tardes a partir da segunda quinzena de outubro”, prevê.

Até lá, as chuvas devem se concentrar em pontos isolados da costa leste do Nordeste, no sul do Nordeste, partes do litoral do Sudeste e extremo Norte.

Ela ainda lembra que somente uma chuva volumosa é capaz de dissipar a poluição e a fumaça que têm sido recorrentes no céu brasileiro.

Brasil coberto por fumaça
Com um índice de queimadas recorde, principalmente na Amazônia, boa parte do país está coberto por fumaça. Segundo especialistas do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), a fumaça já se estende por quase 60% do território nacional.

Até o fim da semana, a fuligem deve encobrir também os países vizinhos, chegando às capitais da Argentina e do Uruguai.

As correntes de vento são um componente importante para a dispersão da fumaça. Há um fluxo natural que vem do oceano, entra no território brasileiro pelo nordeste, passa pela Amazônia ganhando umidade e segue para o sul do Brasil.

Dessa vez, ao passar pela Amazônia, a corrente encontrou a fumaça e continuou seu ciclo, empurrando-a para o Sul do país, formando um “corredor de fumaça”.

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