Mercado eleva projeção da economia do Brasil em 2024

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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O PIB do segundo trimestre surpreendeu ao crescer 1,4% em comparação ao primeiro trimestre

A projeção do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira em 2024 foi revisada para cima, passando de 2,68% para 2,96%, conforme o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (16) pelo Banco Central. A atualização segue a divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, que surpreendeu ao crescer 1,4% em comparação ao primeiro trimestre. Na comparação com o mesmo período de 2023, o crescimento foi de 3,3%, de acordo com o IBGE.

O resultado positivo da economia brasileira em 2024 está alinhado com o crescimento de 2,9% registrado em 2023, quando o PIB totalizou R$ 10,9 trilhões. Para os próximos anos, o mercado mantém uma expectativa mais moderada, projetando um crescimento de 1,9% para 2025 e 2% para 2026 e 2027.

Outro indicador relevante para a economia, a taxa de câmbio, também teve suas projeções ajustadas. A expectativa é que o dólar feche 2024 cotado a R$ 5,40, com uma leve queda para R$ 5,35 no fim de 2025.

No campo da inflação, o Boletim Focus indicou uma leve alta na previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024, que passou de 4,3% para 4,35%, acima da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), mas ainda dentro da margem de tolerância. A meta definida para este ano é de 3%, com uma margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A partir de 2025, o sistema de metas será contínuo, e o CMN fixou o centro da meta em 3%, também com a mesma margem de tolerância.

A taxa Selic, principal ferramenta do Banco Central para controle da inflação, foi mantida em 10,5% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Após um ciclo de sete cortes consecutivos, a expectativa do mercado é que a Selic suba para 10,75% nesta semana, durante a próxima reunião do Copom, que acontece nos dias 17 e 18 de setembro. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa alcance 11,25%, com uma trajetória de queda gradual nos anos seguintes, atingindo 9% ao ano em 2027.

A manutenção da Selic em níveis elevados visa controlar a inflação, mas impacta diretamente o custo do crédito, afetando o consumo e a produção. Por outro lado, quando a Selic é reduzida, o crédito fica mais acessível, incentivando o crescimento econômico. O desafio do Banco Central é equilibrar essas forças para garantir a estabilidade dos preços sem comprometer o ritmo de crescimento da economia.

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