Israel e Hezbollah trocam acusações e intensificam conflito no Oriente Médio

Foto: Mostafa Alkharouf/Anadolu via Getty Images
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Em paralelo, outro grupo apoiado pelo Irã, a Resistência Islâmica no Iraque, reivindicou um ataque de drone no sul de Israel

Nesta quinta-feira (3), Israel acusou o Hezbollah de lançar cerca de 230 projéteis do Líbano em direção ao território israelense, em mais um capítulo de um conflito cada vez mais intenso. O Hezbollah, por sua vez, afirmou ter realizado 32 ataques ao longo do dia, incluindo o lançamento de foguetes contra assentamentos israelenses e bases militares, além de ataques diretos a soldados israelenses no sul do Líbano.

Em paralelo, outro grupo apoiado pelo Irã, a Resistência Islâmica no Iraque, reivindicou um ataque de drone no sul de Israel, que foi interceptado pelas forças israelenses sem causar feridos.

O conflito, que já abrange múltiplas frentes, ganhou uma nova dimensão após um ataque com mísseis do Irã a Israel no início desta semana. O Oriente Médio está agora dividido entre Israel, apoiado pelos Estados Unidos, e o chamado Eixo da Resistência, que conta com apoio militar e financeiro do Irã e reúne diversas organizações paramilitares. Entre as frentes abertas, estão o Hezbollah no Líbano, o Hamas na Faixa de Gaza, grupos militantes na Cisjordânia e outras forças na Síria, Iêmen e Iraque.

Desde o início da ofensiva israelense em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro, que deixou mais de 1.200 mortos, as hostilidades têm escalado. Na Faixa de Gaza, a operação militar israelense já matou mais de 40 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave controlado pelo Hamas. Enquanto isso, o líder do Hamas, Yahya Sinwar, permanece escondido em túneis na região, onde também estariam reféns israelenses sequestrados.

No Líbano, o cenário é igualmente dramático. O exército israelense iniciou uma operação terrestre limitada no país em 30 de setembro, após a morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, em um bombardeio israelense. Israel alega ter eliminado a maior parte da liderança do Hezbollah em uma série de ataques aéreos. O Líbano registrou seu dia mais mortal desde a guerra de 2006, com mais de 500 vítimas fatais em 23 de setembro.

O agravamento do conflito teve repercussões internacionais, incluindo a morte de dois adolescentes brasileiros nos ataques. O governo brasileiro condenou a escalada da violência e anunciou uma operação para repatriar brasileiros que vivem no Líbano, enquanto o Itamaraty pediu o fim das hostilidades na região.

Com soldados em três frentes de combate — Líbano, Cisjordânia e Faixa de Gaza — e ataques aéreos em outras áreas, Israel continua sua ofensiva em um conflito que se mostra cada vez mais complexo e devastador.

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