Ministério da Saúde apresenta plano nacional de combate à dengue

Foto: Divulgação
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A ação tem como objetivo reduzir os casos e mortes causados pelo mosquito

Durante a 359ª reunião do Conselho Nacional de Saúde (CNS), realizada nesta quarta-feira (9), em Brasília, o Ministério da Saúde apresentou o Plano Nacional de Enfrentamento à Dengue e Outras Arboviroses. O plano tem como principal objetivo a redução de casos e mortes causados por essas doenças, destacando a importância da colaboração entre estados, municípios e a sociedade civil. Rivaldo Venâncio, secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, enfatizou que, apesar dos tratamentos simples disponíveis, como a hidratação, as mortes ainda ocorrem, o que é considerado inaceitável.

O plano traça seis eixos de atuação: prevenção, vigilância, controle vetorial, organização da rede de saúde, preparação para emergências e comunicação com envolvimento comunitário. Entre as medidas mais inovadoras, destaca-se o uso de tecnologias como a liberação de mosquitos machos estéreis para controlar a população do Aedes aegypti, vetor da dengue, e o projeto de “estações disseminadoras”, que utiliza larvicidas de forma eficaz em áreas de difícil acesso.

Outro ponto de atenção é o aumento da circulação do sorotipo 3 da dengue, especialmente nas regiões do interior de Minas Gerais e São Paulo. Venâncio fez um apelo para que a população busque completar o esquema vacinal, reforçando a importância da imunização no controle da doença.

O plano também aposta em novas ferramentas de monitoramento, como o programa “Infodengue”, que acompanha surtos com base no consumo de medicamentos. Com um investimento de R$ 1,5 bilhão, o governo pretende expandir as tecnologias de controle em parceria com a Fiocruz, já em implementação em algumas regiões, como Niterói, Pernambuco e Santa Catarina, com previsão de ampliação para 35 cidades até 2025.

A participação da sociedade será fundamental no enfrentamento à dengue, com campanhas de conscientização como “Tem 10 minutinhos? A hora de prevenir é agora”, incentivando a inspeção de residências para eliminar focos do mosquito. O papel dos agentes comunitários de saúde também será intensificado para garantir o sucesso das ações de controle, que, segundo Venâncio, precisam envolver não apenas o sistema de saúde, mas toda a sociedade.

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