Erupção solar causa auroras nos EUA e pode afetar comunicações
O evento, que atingiu a Terra a uma velocidade de 2,4 milhões de quilômetros por hora
Uma erupção solar poderosa liberou uma ejeção de massa coronal (CME), gerando auroras coloridas visíveis em várias partes dos EUA, incluindo estados como Alabama e Califórnia. No entanto, essa atividade solar também pode causar interrupções na infraestrutura de comunicações, de acordo com o Centro de Previsão do Tempo Espacial do Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA.
Classificada inicialmente como nível 4, em uma escala que vai até 5, a tempestade solar começou a atingir a Terra nesta quinta-feira (10) e deve durar até sexta. O evento, que atingiu a Terra a uma velocidade de 2,4 milhões de quilômetros por hora, já está causando impacto nas comunicações por satélite e na rede elétrica em algumas regiões. Os satélites Deep Space Climate Observatory e Advanced Composition Explorer, que monitoram tempestades espaciais, detectaram a aproximação da erupção pouco antes de atingir o planeta.
Segundo Shawn Dahl, do Centro de Previsão do Tempo Espacial, erupções solares de classe X, as mais intensas, ocorreram durante a semana, liberando grandes nuvens de plasma que atingem o campo magnético da Terra, provocando tempestades geomagnéticas. Estas tempestades podem afetar a infraestrutura terrestre e também causar as auroras, fenômenos normalmente visíveis em regiões próximas aos polos.
Embora seja difícil prever exatamente a escala de danos, as autoridades já alertaram a rede elétrica da América do Norte e operadores de satélites para possíveis interrupções. Em tempestades anteriores, falhas em sistemas de GPS e cortes de energia em regiões isoladas já foram registrados. Contudo, cientistas acreditam que a tempestade desta semana não superará a tempestade G5 que ocorreu em maio deste ano, a qual causou problemas em vários setores.
A NOAA sugere que aqueles interessados em observar as auroras utilizem o painel de auroras disponível online, que é atualizado em tempo real para indicar as áreas onde o fenômeno será visível.