Petrobras anuncia redução no preço do gás natural
O diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade destacou que, desde 2023, o preço do gás já havia caído 17%, refletindo a estratégia da empresa de promover preços competitivos
A Petrobras vai reduzir o preço do gás natural para distribuidoras em 1,41% a partir de novembro, conforme anunciado nesta segunda-feira (14) pelo diretor executivo de Transição Energética e Sustentabilidade, Maurício Tolmasquim. Ele destacou que, desde 2023, o preço do gás já havia caído 17%, refletindo a estratégia da empresa de promover preços competitivos, fundamentais para a transição energética do Brasil.
Durante um café da manhã com a presença da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, Tolmasquim explicou que a queda no preço é atribuída a fatores como a variação do câmbio e a cotação do petróleo Brent. Ele ressaltou a importância do gás natural na matriz energética, por ser um combustível com menor emissão de carbono em comparação a outros combustíveis fósseis.
O diretor também anunciou uma nova estrutura de contratos para as distribuidoras, que agora poderão escolher entre 48 combinações diferentes de contratos, em vez das 20 opções anteriores. Essa flexibilidade permitirá que as distribuidoras ajustem melhor seus prazos e condições de fornecimento, facilitando o acesso ao gás.
Uma das inovações mencionadas é a criação de um prêmio de incentivo à demanda, que garante um desconto de 10% no preço de referência para volumes que superarem os compromissos mínimos assumidos pelos clientes. Essa medida busca estimular a utilização do gás e promover um mercado mais dinâmico.
Magda Chambriard também comentou sobre as perspectivas de aumento na produção de gás, especialmente com a inauguração do Complexo de Energias Boaventura, que pode elevar em 50% a produção de derivados no estado do Rio de Janeiro. Ela enfatizou a importância de explorar novos poços de gás, que anteriormente poderiam ter sido considerados não viáveis, especialmente nas bacias de Campos e Búzios.
A presidente da Petrobras observou a alta demanda do setor químico, que atualmente enfrenta um déficit de US$ 60 bilhões na balança comercial brasileira, e destacou que um aumento na oferta de gás pode atender essa necessidade e possibilitar um gás mais acessível.
O mercado livre de gás está em expansão, com seis empresas já operando, e a Petrobras espera que esse número cresça para sete no início do próximo ano. Com um preço competitivo, a estatal acredita que a capacidade de absorção do gás no Brasil pode triplicar, aproveitando um mercado interno robusto que ainda está em desenvolvimento.
Chambriard concluiu reafirmando a intenção da Petrobras de ocupar um espaço significativo neste mercado, buscando não apenas fornecer gás a preços justos, mas também fortalecer a indústria nacional e garantir um futuro energético sustentável para o Brasil.