Corrida pela presidência da Câmara tem três candidatos na disputa
O atual presidente Arthur Lira (PP-AL) declarou apoio ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB)
Com a eleição para a nova Mesa Diretora da Câmara dos Deputados marcada para fevereiro, a disputa pelo cargo de presidente da Casa já conta com três nomes confirmados. Nesta terça-feira (29), o atual presidente Arthur Lira (PP-AL) declarou apoio ao deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), que representará o bloco MDB-PSD-Republicanos-Podemos. Esse grupo, que inclui 147 deputados, fortalece a candidatura de Motta, já vice-líder do bloco, em uma campanha que promete debates intensos.
Logo após o anúncio do apoio de Lira, os deputados Antonio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União-BA) também oficializaram suas candidaturas, dando uma nova configuração à disputa. Brito, ao anunciar sua entrada, ressaltou a importância de consenso entre diferentes ideologias na Casa. “Eu dialogo com a esquerda, com a direita e com o centro. O consenso não é entre desiguais, mas sim em pautas comuns que possamos defender juntos e colocar em votação com previsibilidade”, afirmou o deputado baiano, que aposta na capacidade de conciliação para avançar na disputa.
Já Elmar Nascimento apresentou-se como um candidato que defende a renovação e a valorização da diversidade de opiniões. Em seu discurso, enfatizou que sua candidatura visa “fortalecer a democracia e garantir a participação ativa dos 513 deputados, promovendo uma gestão mais pluralista e aberta ao diálogo”. Para Nascimento, a Câmara precisa de uma liderança que estimule o debate e permita que as melhores decisões para o país sejam alcançadas por meio da representatividade.
A eleição da Mesa Diretora, responsável por coordenar os trabalhos legislativos e administrativos da Câmara, ocorrerá no início de fevereiro, em data ainda a ser definida. Além da presidência, estarão em disputa os cargos de 1º e 2º vice-presidente, e quatro secretários, cada um com funções específicas na organização da Casa. A movimentação dos candidatos nas próximas semanas e o apoio que cada um angariar devem ser decisivos na escolha do próximo presidente da Câmara, em uma votação que reflete não apenas as forças políticas internas, mas também os rumos que a Casa poderá tomar no próximo biênio.