Saúde é a grande prioridade
A saúde não pode ser colocada em planos inferiores
O Brasil tem um problema crônico no seu sistema de saúde, que por abrangente, apresenta uma carga maior de problemas, a começar pela insuficiência de profissionais, equipamentos e principalmente humanidade. É certo que essas deficiências são verificadas em todos os setores da atividade pública e até mesmo privada.
A falta de médicos, enfermeiros e medicamentos nas unidades de atendimento básico é somente a ponta do iceberg, uma vez que as carências também ocorrem nas unidades hospitalares e são responsáveis por diversos problemas comprometedores da qualidade dos atendimentos e da própria vida de pacientes.
Há meses se escuta falar que a Santa Casa de Sobral está sem tomógrafo, apesar do gestor municipal se gabar de que o hospital, após a intervenção, virou modelar, são recorrentes as filas por consultas, terapias, exames e procedimentos cirúrgicos. A falta do tomógrafo compromete todos os pacientes com traumas ou que precisam identificar problemas internos. Sem ele não pode ter diagnósticos confiáveis, nem tampouco adiantar os tratamentos, fazendo com que a população amargue as consequências, muitas das vezes irreparáveis.
Numa gestão séria e comprometida com o bem-estar das pessoas, não se pode admitir tais desleixos. Não há como compreender e aceitar atitudes de um poder que prioriza obras e deixa a saúde em segundo plano? Essa é, talvez, a pior maldade de um ser que se diz humano. A saúde não pode ser colocada em planos inferiores, pois isso significa matar o próximo.