Relatividade geral resiste ao maior teste já realizado

Foto: KPNO/NOIRLAB/NSF/AURA/R. SPARKS
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A Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein segue intacta, passando pelo maior teste já realizado até hoje

Cientistas mapearam quase 6 milhões de galáxias e quasares em busca de respostas sobre a expansão e a estrutura do universo nos últimos 11 bilhões de anos. O resultado? A Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein, formulada em 1915, segue intacta, passando pelo maior teste já realizado até hoje.

A pesquisa, publicada no arXiv, utilizou dados do Instrumento Espectroscópico de Energia Escura (DESI), capaz de observar a luz de 5.000 galáxias ao mesmo tempo. O estudo confirma que as previsões de Einstein se mantêm precisas em escalas cosmológicas – muito além do que se havia comprovado anteriormente, como no célebre experimento de um eclipse solar total no Ceará, em 1919.

Pauline Zarrouk, cosmóloga e uma das líderes da pesquisa, destacou a relevância desse avanço: “Precisávamos testar a teoria em escalas muito maiores do que sistemas solares, e o estudo da formação de galáxias nos permitiu confirmar que a relatividade geral funciona também no nível cosmológico.”

Esse trabalho é crucial para desvendar os segredos da energia escura – força misteriosa responsável pela expansão do universo – e da matéria escura, substância invisível cuja gravidade afeta a matéria visível. Juntas, essas forças compõem 95% do universo conhecido.

Mark Maus, estudante de doutorado no Berkeley Lab, refletiu sobre o impacto da pesquisa: “A ideia de que podemos capturar imagens do universo e abordar questões tão fundamentais é fascinante. Embora saibamos que a matéria escura é cerca de 25% do cosmos e a energia escura outros 70%, ainda não sabemos o que elas realmente são.”

Enquanto essas incógnitas permanecem, o estudo reafirma a força da Relatividade Geral como base sólida para explorar o cosmos – de galáxias a buracos negros supermassivos – e descortinar os maiores mistérios do universo.

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