Brasil alcança marca histórica de 50 GW em energia solar

Foto: Soninha Vill/Giz
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Apesar dos números positivos, o setor enfrenta desafios

O Brasil entrou para o seleto grupo de países com mais de 50 gigawatts (GW) de potência instalada operacional em energia solar, consolidando-se como a sexta nação a atingir esse marco. O feito posiciona o país ao lado de potências como China, Estados Unidos, Alemanha, Índia e Japão. Os números foram divulgados nesta terça-feira (26) pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), reforçando a crescente relevância da fonte solar na matriz elétrica nacional.

Atualmente, pequenos e médios sistemas de geração distribuída lideram o mercado brasileiro, somando 33,5 GW de potência instalada, enquanto as grandes usinas solares respondem por 16,5 GW. Entre janeiro e outubro de 2024, o país adicionou 4,54 GW à potência elétrica fiscalizada, com a entrada em operação de 119 novas usinas solares. Apesar do crescimento, a energia solar representa 7,94% da potência fiscalizada, dado que considera apenas as usinas, mas seu impacto é maior na matriz elétrica total, onde já ocupa 20,7% da capacidade instalada, atrás apenas da hidrelétrica.

Desde 2012, os investimentos na energia solar no Brasil já ultrapassam R$ 229,7 bilhões, com uma arrecadação de R$ 71 bilhões em impostos e a mitigação de 60,6 milhões de toneladas de emissões de gás carbônico. Este avanço reflete um compromisso crescente com a transição energética e a sustentabilidade ambiental.

Apesar dos números positivos, o setor enfrenta desafios. Recentemente, a elevação de 9,6% para 25% do Imposto de Importação sobre insumos e componentes de painéis solares foi alvo de críticas pela Absolar, que considera a medida um entrave para novos investimentos e para a expansão da fonte limpa. Em resposta, o governo justificou a decisão como parte de uma estratégia para fortalecer a indústria nacional e promover a criação de empregos.

Globalmente, o Brasil ainda está distante dos líderes em potência acumulada de energia solar. A China ocupa o primeiro lugar, com impressionantes 817 GW, seguida pelos Estados Unidos (189,7 GW) e Alemanha (94,36 GW). Ainda assim, o avanço brasileiro é significativo, colocando o país em destaque no cenário internacional e como protagonista no desenvolvimento de fontes renováveis na América Latina.

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