Black Friday aquece o varejo, mas consumidor enfrenta desafios
A pesquisa revelou que 62% dos consumidores anteciparão as compras de Natal na Black Friday
A Black Friday, marcada para 29 de novembro de 2024, promete movimentar o comércio brasileiro. Desde o início do mês, o varejo tem lançado promoções para atrair consumidores e impulsionar as vendas em uma das datas mais importantes do calendário comercial. Segundo pesquisa do Instituto Locomotiva e QuestionPro, 89% dos brasileiros planejam aproveitar a ocasião, seja para consumo próprio (85%) ou para presentear (65%).
A pesquisa, que entrevistou 1.185 pessoas entre 4 e 13 de novembro, revelou que 62% dos consumidores anteciparão as compras de Natal na Black Friday, buscando economizar e evitar a correria de fim de ano. Além disso, 78% enxergam a data como uma oportunidade para adquirir itens normalmente fora do orçamento, enquanto 66% mantêm preferência por marcas habituais e 34% experimentam novas marcas.
Entre os produtos mais desejados, roupas lideram (72%), seguidas por calçados (66%) e produtos de beleza (65%). Celulares, eletrônicos, móveis e artigos de decoração também figuram entre os favoritos. Homens mostram maior intenção de compra (90%), com destaque para roupas, calçados e eletrônicos, enquanto mulheres (88%) dividem suas compras entre moda e itens de beleza.
No cenário de compras, o e-commerce desponta: 30% dos consumidores preferem lojas online, enquanto 31% combinam ambientes digitais e físicos. Descontos, preço e frete são os principais fatores de decisão. Promoções diretas (48%) e cashback (31%) são estratégias que mais atraem os brasileiros, mas a “leve 3 e pague 2” também desperta interesse.
Apesar do entusiasmo, desconfianças persistem. Um em cada quatro entrevistados acredita que os descontos são semelhantes a outras promoções, e 42% já enfrentaram ou conhecem vítimas de fraudes na Black Friday. Ainda assim, 58% relatam nunca ter tido problemas, refletindo o esforço das empresas em melhorar a transparência e a segurança.
Especialistas recomendam atenção às ofertas e a busca por canais confiáveis. Em casos de problemas, os consumidores devem recorrer ao Procon, à Senacon ou até à justiça para garantir seus direitos. A Black Friday continua a se consolidar como um marco de consumo no Brasil, mas exige cautela e planejamento para evitar dores de cabeça.