Governo propõe isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A medida será compensada pela criação de uma tributação adicional sobre rendas superiores a R$ 50 mil mensais

O governo federal anunciou uma nova etapa de mudanças no sistema tributário que promete aliviar o bolso da classe média e baixa sem comprometer o equilíbrio das contas públicas. Durante pronunciamento em rede nacional nesta noite, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, revelou que uma proposta será enviada ao Congresso para isentar do pagamento de Imposto de Renda (IR) os trabalhadores que ganham até R$ 5 mil por mês. A medida será compensada pela criação de uma tributação adicional sobre rendas superiores a R$ 50 mil mensais.

“O Brasil justo, com menos imposto e mais dinheiro no bolso, começa a se materializar com essa medida”, afirmou Haddad. Ele destacou que a nova política tributária busca corrigir distorções históricas, ampliando o poder de compra da população de menor renda sem gerar déficit fiscal. “Quem ganha mais contribuirá um pouco mais, de forma proporcional e em conformidade com práticas internacionais consagradas”, garantiu.

A proposta faz parte da segunda fase da reforma tributária, que foca na reformulação do IR e complementa a reforma tributária do consumo, promulgada no ano passado e atualmente em processo de regulamentação pelo Congresso Nacional. Haddad mencionou que essa primeira etapa já trouxe avanços ao reduzir tributos sobre produtos essenciais, como os da cesta básica, incluindo carnes, beneficiando diretamente as famílias brasileiras.

Ao reforçar a visão do governo, o ministro afirmou que a combinação das duas reformas criará um sistema tributário mais equitativo. “A correção da injustiça tributária é fundamental para reduzir as desigualdades sociais que marcaram o Brasil por décadas. Com essa mudança, grande parte da população estará livre tanto do Imposto de Renda quanto de tributos sobre itens essenciais”, ressaltou Haddad.

A expectativa do governo é que as medidas fortaleçam o mercado interno, estimulem pequenos negócios e promovam o crescimento econômico local. A tramitação da proposta no Congresso será acompanhada de perto, enquanto o debate sobre justiça fiscal ganha força entre especialistas e a sociedade.

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