Inca adota uso de tecnologias para melhorar eficiência em oncologia
O objetivo do projeto é integrar as áreas de prevenção
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) está implementando o projeto Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) para otimizar o uso de recursos e aprimorar o atendimento oncológico no Brasil. O objetivo do projeto é integrar as áreas de prevenção, vigilância, assistência, ensino e pesquisa, apoiando decisões sobre novas tecnologias e avaliando a efetividade das que já estão em uso na prática clínica. Além disso, o projeto oferece análises econômicas que orientam a alocação eficiente de recursos no combate ao câncer.
O projeto ATS no Inca se estrutura em quatro eixos principais: científico, com foco na formação de especialistas e na disseminação de conhecimento; tecnológico, visando facilitar a inclusão de inovações no atendimento; econômico, para embasar decisões orçamentárias e mitigar custos judiciais; e social, ampliando as opções de tratamento para os pacientes.
A chefe da Divisão de Avaliação de Tecnologias em Saúde (Dats) do Inca, Laura Barufaldi, explica que o projeto começou com a descentralização do conhecimento sobre ATS, essencial para garantir que todas as áreas do instituto entendam a iniciativa. A próxima etapa será definir temas prioritários para pesquisa e divulgar os resultados obtidos.
A equipe da Dats já realizou estudos importantes sob demanda do instituto, colaborando com a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). Em um caso recente, esses estudos embasaram a aprovação da inclusão de um novo medicamento para tratamento oncológico no Sistema Único de Saúde. Ana Paula Siqueira, gestora do projeto, ressalta que a intenção é tornar o Inca um centro de referência em avaliações tecnológicas na oncologia, fortalecendo o papel da instituição no desenvolvimento de estudos que influenciem as políticas de saúde pública no país.