O Sudeste é a região mais atingida, com 1.269 confirmações
O Brasil confirmou 1.578 casos de mpox ao longo de 2024, consolidando-se como um dos países mais afetados pela doença nas Américas. Segundo o painel de monitoramento do Ministério da Saúde, a maioria das infecções está concentrada entre homens (81%), especialmente na faixa etária de 30 a 39 anos, que representa quase metade dos casos registrados. O Sudeste é a região mais atingida, com 1.269 confirmações, liderado pelos estados de São Paulo (866 casos) e Rio de Janeiro (320).
Os dados também apontam uma prevalência significativa de infecções entre pessoas brancas (46%), seguidas por pardas (29%) e pretas (11%). Em termos de comportamento, 70% dos homens diagnosticados declararam ter relações sexuais com outros homens, um fator relevante para entender os padrões de transmissão.
No cenário global, a mpox segue como uma preocupação de saúde pública. De janeiro de 2022 a setembro de 2024, mais de 109 mil casos foram confirmados em 123 países, com 236 mortes registradas. O continente africano concentra o maior número de infecções, liderado pela República Democrática do Congo, que reportou 8.662 casos confirmados e 43 óbitos.
Na próxima sexta-feira (22), a Organização Mundial da Saúde (OMS) reunirá seu comitê de emergência para reavaliar a declaração de emergência internacional, em vigor desde agosto de 2022. A decisão é esperada em um momento crítico, marcado pela detecção da transmissão local de uma nova variante da mpox fora da África.
No Reino Unido, três pessoas foram infectadas por um viajante que contraiu a variante 1b. Casos importados também foram relatados em Zâmbia e Zimbábue, reforçando os desafios de controle da doença em um cenário de crescente mobilidade global.
Enquanto isso, autoridades de saúde em todo o mundo buscam intensificar estratégias de vigilância, prevenção e resposta à mpox, que permanece uma ameaça significativa tanto em países de alta incidência quanto em regiões com casos emergentes.