O chá amargo da política

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O trocadilho serve somente para diminuir a carga de estresse que rola desde o sábado

O senador Cid Gomes, quem diria, acabou no Ceará. Nada a ver com Greta Garbo, Quem Diria, Acabou no Irajá, que é uma comédia escrita por Fernando Mello e encenada muitas vezes com a Greta Garbo. O trocadilho serve somente para diminuir a carga de estresse que rola desde o sábado, quando Cid resolveu dar um chega pra lá em Elmano de Freitas, por conta de uma deselegância deste no processo de escolha do deputado petista Fernando Santana para o comando da Assembleia cearense.

Assim como acontece com todos os demais viventes, o senador, que já foi deputado estadual, prefeito de Sobral, governador do Ceará, ministro, dentre outras funções de relevância, se sente incomodado com a falta dos holofotes, dos aplausos e do exército de seguidores e, decerto, com traições.

Cid, diferente de Ciro, não estava acostumado com a maneira sórdida como o PT age em relação a seus aliados, quando a luta é pelo poder. E ninguém se admire se o próximo rompimento seja entre o senador e o ministro Camilo, que há tempos vem comandando a política estadual, apesar dos tropeços na eleição de prefeitos.

E por que Cid pode romper com Camilo? Simplesmente pelo fato de que dois reis não sentam juntos numa mesma cadeira. O PT atualmente é dono absoluto do poder no país, muito embora esteja à sombra de vulcão e acabe como Pompeia. O destroço verificado nas recentes eleições mostrou que o partido está caminhando de forma errada e beirando o fim em 2026.

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