Brasil e China firmam aliança tecnológica para o futuro do setor elétrico
O projeto reúne 16 empresas, universidades e centros de pesquisa dos dois países
Foi lançada neste domingo (17), no Rio de Janeiro, a Aliança para Inovação e Compartilhamento Tecnológico no Setor Elétrico (EISA, na sigla em inglês), iniciativa que promete transformar a relação entre Brasil e China no desenvolvimento de tecnologias limpas e inovadoras. O projeto reúne 16 empresas, universidades e centros de pesquisa dos dois países, com foco no intercâmbio de informações e soluções tecnológicas para modernizar o setor elétrico.
O evento contou com a assinatura de um Memorando de Entendimento pelas entidades fundadoras, com o apoio do Ministério de Minas e Energia (MME). Durante o lançamento, o ministro Alexandre Silveira destacou o protagonismo dos dois países na produção de energia limpa e renovável, além de sua importância na transição energética global. “Brasil e China são exemplos para o mundo na geração de energia renovável e na busca por uma matriz energética descarbonizada, essencial para o enfrentamento das mudanças climáticas e para impulsionar uma nova economia global baseada em parcerias estratégicas”, afirmou.
Representando o ministro no evento, o secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do MME, Thiago Barral, reforçou que a iniciativa será uma plataforma para demonstrar em grande escala soluções inovadoras no setor elétrico. O encontro, organizado pela State Grid Corporation of China, trouxe palestras que abordaram os desafios e as oportunidades de modernização dos sistemas elétricos de ambos os países.
Como um dos primeiros passos da aliança, está prevista uma missão técnica de especialistas brasileiros à China, com foco em tecnologias de alta capacidade para transmissão de energia. Além disso, a assinatura do Memorando de Entendimento contou com a participação de instituições brasileiras como o Operador Nacional do Sistema (ONS), a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Cepel e universidades como a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal Fluminense (UFF). Do lado chinês, participaram renomadas instituições como a Tsinghua University e a Wuhan University, além de centros de pesquisa e empresas do setor.
Com o compromisso de enfrentar desafios globais e locais, a EISA surge como um marco na cooperação tecnológica entre Brasil e China, pavimentando o caminho para um futuro mais sustentável e conectado no setor energético.