A responsabilidade é todos

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A forma como agem os faccionados deixa clara a ausência da autoridade judicial,

Em Sobral, assim como em muitas cidades do Ceará e do restante do país, estão abatendo mais jovens nas ruas do que bois nos matadouros. Descrentes da justiça convencional, que hoje é mais comércio e comédia, os que se denominam chefes de facções resolveram criar seu próprio modelo de justiça, este sem a necessidade de advogados, promotores, juízes, desembargadores, tribunais ou presídios. O processo só precisa de um transporte roubado, uma arma carregada, um mandado, um rabecão, um cemitério e um depósito de processos.

A forma como agem os faccionados deixa clara a ausência da autoridade judicial, uma vez que o judiciário com suas varas e instâncias está mais para partido político do que guardião das leis. Há uma notória e nojenta desigualdade no aspecto da ampla defesa e do contraditório, sendo a fiança um dos infiéis da balança.

A matança de jovens e adultos, sejam eles homens e mulheres, está sendo banalizada. O que antes era motivo de repulsa, hoje é só uma paisagem para as lentes dos celulares dos que já não demonstram qualquer tipo de sentimento humanitário pelo próximo. O silêncio, o medo, a omissão, a corrupção e a indisposição das autoridades, contribuem sobremaneira com o crescimento da violência urbana.

É preciso que o próximo gestor de Sobral reúna todos os representantes dos três poderes e com eles trace planos e institua projetos de mudança, antes que seja tarde demais. Não se pode ficar cobrando do prefeito ações que cabem diretamente a justiça, que precisa acordar.

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