A água do Rio Tocantins na região do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira foi liberada para consumo, segundo informações divulgadas pelo governador do Maranhão, Carlos Brandão, na noite de terça-feira (24). A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) emitiu um parecer técnico garantindo a ausência de risco de contaminação, tranquilizando os moradores locais.
A preocupação inicial surgiu após a queda de três caminhões durante o desmoronamento da ponte no último dia 22, transportando aproximadamente 25 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico, um produto químico altamente corrosivo. Autoridades do Maranhão e Tocantins haviam recomendado que a população evitasse qualquer contato com a água, incluindo consumo e banho, especialmente em municípios próximos ao local da tragédia, como Imperatriz, Estreito, Aguiarnópolis e Tocantinópolis.
Com a liberação da água, a captação para o abastecimento de Imperatriz foi imediatamente retomada. Ainda assim, Brandão informou que outras análises seguem em andamento, com o apoio do governo estadual, para garantir a segurança integral da população.
A ANA, em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (SEMA), realizou coletas em cinco pontos ao longo do rio, desde a barragem da usina hidrelétrica de Estreito até Imperatriz. Os testes indicaram que as substâncias perigosas transportadas pelos caminhões não comprometeram a qualidade da água.
Enquanto no Maranhão o consumo já foi liberado, o Governo do Tocantins ainda não se manifestou oficialmente sobre a retomada da captação para os municípios do estado.
O desabamento da ponte deixou quatro mortos e 13 desaparecidos. As buscas por vítimas seguem nesta quarta-feira (25), com o uso de botes pelo Corpo de Bombeiros.
