O maior inimigo das vaidades, dos sonhos, do orgulho e do narcisismo é o tempo. Chega a ser inimaginável sua capacidade de destruição a tudo o que o homem constrói e a ele próprio. O tempo é tal qual um carrossel de um parque de diversões, que encanta a uns por alguns momentos e depois a outros e mais outros, até ser desligado.
Por mais que a ciência evolua, ninguém consegue vencer a corrida contra o tempo, que passa, nos deixa para trás e depois nos arrasta. O tempo é tal uma oficina na qual se constrói e se conserta; tal qual um filme em que somos personagens e, também, uma folha de papel em branco, na qual escrevemos nossos legados de vida.
Olhando os filmes, os jornais, revistas, fotografias e outros registros, vê-se inúmeras mutações, principalmente nas pessoas. Chega-se a pensar que o tempo é o grande inimigo da beleza, dos sonhos e dos feitos de cada ser. Se bem observarmos, o tempo nos faz parecer bonecos de plástico perto do fogo, encolhendo até virar cinzas. Com ele viajam todas as ilusões, todo o orgulho, ganância, arrogância, paixões, ações e demais sentimentos ou comportamentos.
O tempo nos une, nos separa, nos dá e nos tira, provando que o poder é ilusório e que nada se perpetua, senão a alma. Em meio a todos esses fatos, ainda existe a pergunta à qual o mundo não encontra resposta: “e nós, aonde vamos depois que o nosso tempo acaba, que a música silencia, quando cessam os aplausos, as luzes se apagam e se fecham as cortinas do palco se fecham? Será que tem volta, uma nova temporada, um novo papel…Quem sabe?