As contas do governo central, que incluem Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, fecharam 2024 com um déficit primário de R$ 43 bilhões, o equivalente a 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado representa uma redução de 81% em relação ao déficit registrado em 2023, que foi de R$ 228,5 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (30).
Apesar do saldo negativo, o resultado de 2024 foi o melhor desde 2022, quando houve um superávit de R$ 54 bilhões. O déficit registrado foi o oitavo pior da série histórica iniciada em 1997, mas demonstrou uma melhora significativa frente ao ano anterior. Em 2023, o pagamento de R$ 92,4 bilhões em precatórios impactou as contas públicas e contribuiu para o desempenho fiscal negativo.
O resultado do ano passado foi impulsionado pelo aumento da receita líquida, que cresceu 8,9% (+R$ 180,2 bilhões), enquanto as despesas tiveram uma leve queda de 0,7% (-R$ 15,6 bilhões). O saldo final foi composto por um superávit de R$ 254,4 bilhões do Tesouro Nacional e do Banco Central, contrastando com o déficit de R$ 297,4 bilhões da Previdência Social.
Em dezembro de 2024, as contas do governo central registraram um superávit primário de R$ 24 bilhões, revertendo o déficit de R$ 116 bilhões do mesmo período de 2023. Esse foi o segundo melhor resultado para o mês de dezembro em 12 anos, superado apenas pelo superávit de R$ 4 bilhões registrado em 2022.
A meta fiscal para 2024 era alcançar um déficit zero, o que exigiu esforços da equipe econômica para equilibrar receitas e despesas. O desempenho das contas públicas ao longo do ano reflete essa tentativa de ajuste, aproximando o governo do objetivo estabelecido para as finanças do país.