Entidades alertam para riscos do uso de remédios manipulados para obesidade e diabetes

Os medicamentos mencionados incluem análogos do GLP-1 e GIP
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A utilização de versões manipuladas e alternativas de medicamentos injetáveis para tratar obesidade e diabetes tem gerado preocupação entre especialistas. Em nota divulgada nesta quarta-feira (5), a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso) alertaram para os graves riscos associados ao consumo dessas substâncias.

Os medicamentos mencionados incluem análogos do GLP-1 e GIP, como a semaglutida (Ozempic e Wegovy) e a tirzepatida (Mounjaro e Zepbound), aprovados por órgãos reguladores como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos. No entanto, as entidades enfatizam que versões manipuladas não passam pelos mesmos controles de qualidade, comprometendo segurança, eficácia e pureza.

A nota ressalta que esses medicamentos exigem rigorosos processos de fabricação para garantir que o organismo os metabolize de forma segura. A falta de controle sobre versões manipuladas pode resultar em doses inadequadas, contaminações e até substituição por outros compostos, aumentando os riscos à saúde. A comercialização direta por profissionais de saúde em consultórios também é condenada por contrariar o Código de Ética Médica.

Diante desse cenário, as entidades recomendam que profissionais de saúde prescrevam apenas medicamentos aprovados por órgãos reguladores e que pacientes evitem adquirir versões alternativas, especialmente por meio de sites, redes sociais ou aplicativos. Além disso, cobram maior fiscalização por parte da Anvisa e dos conselhos de medicina.

O alerta se soma a preocupações já levantadas por organismos internacionais. Em janeiro de 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou o crescimento da escassez global de medicamentos, fator que impulsiona o aumento de produtos falsificados ou de qualidade inferior. O Ozempic, indicado para diabetes tipo 2 e perda de peso, foi um dos alvos de falsificação, conforme comunicado da Anvisa em outubro, após a detecção de canetas de insulina readesivadas com rótulos do medicamento.

A recomendação é que consumidores adquiram esses produtos apenas em farmácias regulamentadas, exigindo nota fiscal e verificando características da embalagem. A Anvisa reforça que a compra por meios não oficiais pode representar riscos graves à saúde.

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