Governo brasileiro adota cautela diante de taxação dos EUA sobre o aço

A possível taxação pode impactar significativamente as exportações brasileiras
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O governo brasileiro decidiu adotar uma postura cautelosa antes de se manifestar sobre a possível taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio pelos Estados Unidos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que qualquer posicionamento oficial dependerá da formalização da medida pelo governo norte-americano.

O anúncio da taxação foi feito pelo presidente dos EUA, Donald Trump, mas ainda não há confirmação oficial da aplicação da tarifa. Diante desse cenário, Haddad explicou que o Brasil evitará reações precipitadas. “O governo tomou a decisão de só se manifestar, oportunamente, com base em decisões concretas, e não em anúncios que podem ser mal interpretados ou revistos. O governo vai aguardar a decisão oficialmente antes de fazer qualquer manifestação”, declarou o ministro.

A possível taxação pode impactar significativamente as exportações brasileiras, uma vez que os Estados Unidos são o principal destino do aço nacional. Em 2023, 49% do aço exportado pelo Brasil teve como destino o mercado norte-americano, de acordo com dados do Instituto do Aço Brasil. Além disso, segundo a Administração de Comércio Internacional dos EUA, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para o país em 2024, atrás apenas do Canadá.

Diante da possibilidade de uma retaliação comercial, o governo brasileiro não descartou adotar medidas recíprocas. Questionado sobre a possibilidade de taxar big techs como Google, Meta e X, Haddad afirmou que qualquer decisão dependerá da orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, após a efetiva implementação da tarifa pelos EUA.

Lula já havia sinalizado uma possível resposta em entrevista a rádios mineiras na semana passada. Ele defendeu a aplicação do princípio da reciprocidade, destacando que a melhor solução seria uma redução mútua das tarifas, mas que o Brasil não hesitará em agir caso seja prejudicado. “Para nós, o que seria importante seria os EUA baixarem a taxação e nós baixarmos a taxação. Mas, se ele e qualquer país aumentar a taxação do Brasil, nós iremos taxá-los também. Isso é simples e muito democrático”, afirmou o presidente.

Durante seu primeiro mandato, Trump impôs tarifas sobre o aço e o alumínio, mas posteriormente concedeu cotas de isenção a parceiros comerciais como Canadá, México e Brasil. A expectativa agora é se a nova taxação seguirá o mesmo modelo ou se o Brasil será diretamente impactado pela medida. Até lá, o governo mantém a prudência e aguarda a confirmação oficial antes de tomar qualquer decisão.

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