A Eletrobras registrou um lucro financeiro de R$ 10,4 bilhões em 2024, um aumento de 136% em relação ao ano anterior. O Conselho de Administração aprovou a maior distribuição de dividendos da história da empresa, destinando R$ 4 bilhões aos acionistas, dos quais R$ 2,2 bilhões já haviam sido pagos de forma intercalar, correspondendo a 41% do resultado do exercício.
Privatizada em 2022, a companhia tem consolidado sua nova estratégia de mercado, voltada para a eficiência operacional e a ampliação da participação na geração de energia limpa e renovável. Segundo o presidente da empresa, Ivan Monteiro, a prioridade é acelerar ganhos de eficiência e garantir segurança dos ativos para oferecer retornos sustentáveis ao longo do tempo.
Os investimentos também tiveram um crescimento expressivo no último ano, totalizando R$ 7,7 bilhões. A modernização das usinas hidrelétricas e a melhoria das linhas de transmissão foram os principais focos, com 234 projetos de reforços e aprimoramentos, somando R$ 3,3 bilhões. Além disso, a Eletrobras conquistou quatro lotes nos leilões promovidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), com investimentos estimados em R$ 5,6 bilhões.
Entre os principais projetos em andamento, destaca-se a revitalização do sistema de transmissão em corrente contínua de alta tensão de Itaipu, com recursos de R$ 1,9 bilhão. Outro projeto estratégico é a Transnorte Energia, linha de transmissão de 724 km que conectará Manaus a Boa Vista, permitindo a integração de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN), com um investimento previsto de R$ 3,3 bilhões.
Para 2025, a empresa pretende manter o ritmo acelerado de investimentos e fortalecer a relação com seus clientes. Segundo Monteiro, as transformações iniciadas após a privatização consolidarão a nova fase da Eletrobras, focada no crescimento e na eficiência operacional para os próximos anos.