Chega o primeiro lote da vacina Pfizer

(FILES) This file illustration picture taken on November 24, 2020 shows a bottle reading "Vaccine COVID-19" and a syringe next to the Pfizer and BioNtech logos. - Mexico will receive the first vaccines against COVID-19, developed by Pfizer and BioNTech, on December 23, 2020, Mexican Foreign Minister Marcelo Ebrard announced on December 22. (Photo by JOEL SAGET / AFP)
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Nos próximos dias, o governo federal estará distribuindo cerca de 16 milhões de doses. A declaração é do ministro Marcelo Queiroga, quando esteve no aeroporto, nesta quinta-feira (29/4), para receber o primeiro lote da vacina Pfizer. O Brasil comprou 100 milhões de doses, depois que o Congresso aprovou a negociação. Farmacêutica americana, e laboratório alemão, o primeiro lote que veio da Europa é só aperitivo: um milhão de doses.


Nesta mesma quinta-feira, o Ceará recebia mais um lote de cerca de 200 mil doses, no dia em que houve muita reclamação, de pelo menos 15 cidades cearenses, por falta do imunizante para a segunda dose. Enquanto isso, o governo cearense informava que havia mais de 200 mil vacinas ainda não aplicadas. Chegamos a uma conclusão inescapável: falha no gerenciamento local. Pois há sobra de alguns locais e ausência noutros.


Apesar de atrasos dos laboratórios e expectativa que não se confirmaram – Sputnik V e Covaxin ainda não conseguiram aprovação -, o Brasil avança. Ontem houve imunização de cerca de um milhão de pessoas. Brasil está em quinto no mundo em doses aplicadas e diminuindo a diferença para o quarto colocado – Reino Unido. No mesmo período, os Estados Unidos registram decréscimo de 20%.


A Pfizer tem a mesma metodologia da Sputnik V (vetor viral), mas foi a primeira, e única até agora, a obter o registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para as demais aprovadas – Coronavac e Astrazeneca – o registro é provisório, em caráter emergencial.


Por falar em Anvisa, a agência foi alvo de ataques dos fabricantes da Sputnik, a vacina bichada, com ameaças de processo e acusação de cometer fakenews. Diante desta reação que, em vez de mostrar a documentação, partiu para o duelo retórico, a Anvisa quebrou um paradigma: tornou público documentos e até vídeos em que técnicos da fabricante da vacina russa reconhecem a existência do adenovírus replicante.

Até se permite que haja, aqui acolá, um vírus replicante. Mas o que foi detectado em todos os lotes inspecionados pela Anvisa é 300 vezes maior que o nível tolerado pelos padrões internacionais.

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