General Pazuello cala a boca da oposição na CPI da Cloroquina
Com arsenal jurídico que lhe permitia ficar calado, o general Pazuello usou a palavra como munição e disparou contra seus inquiridores. Para quem imaginava que usaria o habeas corpus para fugir de perguntas incômodas, o ex-ministro falou pelos cotovelos. Nada ficou sem resposta.
Renan Relator foi o primeiro alvo de suas invertidas. Primeiro, quando disse que não daria resposta simplórias: “E nem deveria ter perguntas simplórias”. Depois de afirmar, pela quinta vez, que não deixara de responder à Pfizer, e o relator insistindo no contrário, o ex-ministro afirmou: “você está tentando conduzir”. Quando Renan pergunta por que não esteve à frente das negociações, ele foi mais incisivo: “Como ministro, não negocio com empresas. O senhor deveria saber disso.” Renan tartamudeou.
Ao fim, Renan, assim como outros, disse que Pazuello mentiu para a CPI. E eu me perguntando com meu teclado: por que não pediu a prisão, do general? Arregou, Renan?