Estrelado por Xuxa, Fabio Porchat, Felipe Neto, intelectuais e outras celebridades, um movimento de artistas, denominado Vidas Brasileiras, quer o impeachment (mais um) do presidente Bolsonaro. Para a antiga rainha dos baixinhos, que parece ter saído de um episódio de The Walking Dead, Bolsonaro é o responsável por todas as mortes.

Segundo as estrelas decadentes, estes são os principais crimes do presidente que deve ser punido com a deposição: defender o tratamento precoce, mandar fabricar cloroquina, dizer frases que eles não gostam e promover aglomeração. Quero ver qualquer um deles que seja infectado que não procurem de imediato um tratamento para a doença.

Esses riquinhos, engomadinhos, que vivem numa bolha, só estão preocupados com suas vidinhas. Você sabe quantos morrem de fome por dia? Claro que não, pois só pobre morre de fome. Enquanto a morte varre o quintal dos pobres, os artistas não se sensibilizam, só mesmo quando adentra os meandros de suas mansões.

Eles correm para o colo de seu médico particular, vão se tratar nos melhores hospitais, com diversas terapias. O pobre vai para a fila dos postos de saúde mendigar o remédio que lhe querem negar. Os bonitinhos se tratam com homeopatia, cura quântica, terapias alternativas holísticas – tudo com eficácia comprovada, né? O pobre que se vire com o vírus.

A gente bonita da Vênus Platinada sofre de demofobia, acha que o povo é uma entidade careta e reacionária que precisa de progressistas que lhe sirvam de guia. O sentido de democracia, para eles é que o foi cunhado por Millor Fernandes: “Democracia é quando eu mando em vocês, e ditadura é quando você manda em mim”. Por isso, querem tirar do poder alguém colocado pelo povo.

Eles deram entrada no pedido de impeachment no dia seguinte ao grande movimento de motociclistas em apoio a Bolsonaro no Rio de Janeiro. Tem que tirar logo esse cara do poder, antes que povo se mobilize para mantê-lo lá.

Deveriam usar seu prestígio e seu poder de mobilização para combater as consequências danosas da pandemia na vida das pessoas, que sofrem mesmo sem a infecção. Os mais pobres, como sempre, os mais atingidos, com perda de renda e qualidade de vida. Mas só se preocupam com suas vidinhas.