Operação Lava Jato investiga relação entre filho de Lula e a empresa de telefonia Oi
Inquérito aberto pela Polícia Federal (PF) investiga acertos que geraram repasses a grupo econômico; no total são cumpridos 47 mandados de busca e apreensão no Rio, SP, BA e no DF.
Na manhã desta terça feira (10) a Polícia Federal realizou mais uma fase da Operação Lava-Jato. Foram cumpridos 47 mandados de busca e apreensão nos estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Distrito Federal. A PF e o Ministério Público Federal (MPF) investigam pagamentos suspeitos de R$ 132 milhões da Oi para empresas do filho do ex-presidente Lula, Fabio Luis Lula da Silva, o Lulinha.
A operação batizada como “Mapa da Mina”, a 69ª fase da Operação Lava-Jato foi um desdobramento da 24ª fase, que levou o ex-presidente Lula para depoimento. A Polícia Federal e o MPF investigam os crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa, tráfico de influência internacional e lavagem de dinheiro.
O Ministério Público Federal sustenta que tais pagamentos foram realizados sem justificativa econômica plausível enquanto o grupo Oi/Telemar foi beneficiado por diversos atos praticados pelo Governo Federal.
A operação colheu contratos e notas fiscais, além de ter solicitado a quebra de sigilo bancário e fiscal que demonstrariam que as empresas do grupo Oi/Telemar contrataram as empresas de Lulinha sem cotação de preços e com pagamentos acima dos valores contratados e praticados no mercado, bem como teriam realizado pagamentos por serviços não executados.
Fabio Luis Lula da Silva é sócio de Fernando Bittar , Kalil Bittar e Jonas Suassuna em pelo menos nove empresas. Fernando Bittar e Jonas Suassuna também aparecem como proprietários do sítio de Atibaia, que levou à condenação do ex-presidente Lula a 17 anos, um mês e dez dias de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
Em nota, a Oi diz que “atua de forma transparente e tem prestado todas as informações e esclarecimentos que vêm sendo solicitados pelas autoridades, assegurando total e plena colaboração com as autoridades competentes”.