STF não para de forçar a barra contra presidente Bolsonaro
A ministra Rosa Weber, provocada por três senadores de oposição, determinou que a Polícia Federal abra um inquérito para investigar se o presidente Bolsonaro cometeu crime de prevaricação.
A trinca de senadores se baseou na informação do deputado Luís Miranda, segundo o qual ele teria informado ao presidente sobre possíveis irregularidades na compra da vacina Covaxin.
A notícia veio à tona depois que vazou na Folha de S. Paulo o depoimento do irmão do deputado, o servidor do Ministério da Saúde Ricardo Miranda, de que teria recebido pressão atípica para agilizar o processo para compra de vacina.
Bolsonaro veio a público para informar que encaminhou ao então ministro da Saúde, Pazuello, que não viu nada de irregularidade depois que incumbiu seu braço direito, Élcio Franco de checar o processo e nada encontrar fora da normalidade.
Ao mesmo tempo, Ricardo Miranda, em depoimento à CPI, informou que não recebeu pressão para realizar qualquer ilegalidade ou para aceitar qualquer iniciativa que não estivesse dentro do contrato.
Indícios frágeis para suportar a investigação. A ministra, conhecida por fundamentação rasa de seus votos, não se quedou nem aos argumentos da Procuradoria Geral da República, que preferia ver finda a investigação da CPI sobre se houve crime na compra.
Sempre que pode, o STF força a barra em relação ao presidente. Estica a corda, como disse o presidente do Superior Tribunal Militar, general Luis Carlos Gomes Mattos. Uma hora, arrebenta.