Open banking: Começa hoje compartilhamento de dados entre bancos que pode facilitar crédito

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Clientes poderão permitir acesso de instituições a suas informações bancárias.

Os clientes de grandes bancos e fintechs começarão a perceber em seu dia a dia os efeitos do chamado Open Banking. A partir de hoje, as pessoas poderão escolher se e com que instituição financeira vão compartilhar seus dados cadastrais, além de informações sobre transações em sua conta e histórico de crédito.

A ideia é que, com essas informações em mãos, as instituições financeiras possam oferecer produtos personalizados e mais baratos. Outra mudança poderá ser sentida no momento de abrir conta em um banco ou fintech. Com o compartilhamento de dados cadastrais, o processo deve ficar mais simples e rápido.

A promessa é que esse compartilhamento de dados estimule a competição, o que deve levar à redução das taxas cobradas pelos bancos, inclusive de juros. Por exemplo, se uma fintech obtiver acesso a um histórico de crédito de 15 anos de um cliente de um grande banco, ela poderá oferecer produtos mais baratos e personalizados para essa pessoa.

Além disso, futuramente, uma empresa pode lançar um agregador de ofertas de crédito e, usando o histórico de crédito de um cliente, apresentar aquelas mais baratas e com melhores condições.

“O Open Banking acirra a competitividade, você consegue colocar instituições entrantes que trazem nos processos custos menos onerosos que instituições mais tradicionais. Quem ganha com isso, no fim, é o consumidor” afirma Luciana Simões Rebello Horta, advogada do escritório Baptista Luz Advogados.

A primeira fase deveria ter começado em 15 de julho, mas foi adiada pelo Banco Central (BC) a pedido das instituições financeiras, que queriam mais tempo para preparar seus sistemas. Na primeira fase, as instituições abriram informações básicas, como canais de atendimento e serviços oferecidos.

O BC ressalta que nenhum compartilhamento de dados será feito sem autorização prévia. O prazo de compartilhamento tem limite de 12 meses e pode ser revogado a qualquer momento pelo cliente. Ao fazer a operação, bancos e fintechs deverão descrever todas as informações a serem compartilhadas.

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