Jornalista Wellington Macedo suspende greve de fome a pedido de pastor evangélico

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Em greve de fome desde sua prisão, em 3 de setembro, o jornalista cearense Wellington Macedo suspendeu o jejum no dia 25, depois de receber uma ordem do pastor Joel Serra, presidente do Movimento Cristão Conservador, para voltar a comer. A informação é da advogada Mônica Holanda, também evangélica.

Depois de receber um relatório minucioso sobre as condições de Wellington Macedo, o Ministério da Mulher, Família e dos Direitos Humanos passou a agir. Segundo a advogada Mônica Holanda, autora do documento, que conseguiu uma audiência com a ministra Damares Alves, o ministério só age quando provocado. Apesar de apelos de políticos, foi a partir do relatório que as ações foram efetivadas.

Ofícios foram despachados para diversos órgãos (PGR, STF, administração da penitenciária), e, na sexta (24/9), uma comissão do MMFDH esteve na penitenciária com o jornalista. Naquela ocasião, por deferência à comitiva e depois de insistência, comeu banana e bebeu água, mas se mantinha firme na decisão de continuar sem comer, até que veio a ordem do pastor.

De família evangélica, Wellington Macedo recebeu o apoio de várias igrejas e denominações que fizeram campanha de oração e jejum em favor do jornalista. Um dos pastores de renome nacional foi o pastor Coty, do Paraná, que distribuiu um vídeo, que causou muito impacto nas redes e igrejas. Outro pastor que deu grande apoio foi Fadi Faraj, da igreja Ministério da Fé, de Taguatinga (DF).

Pastor Coty, líder da Jocum (Jovens com uma Missão), do Paraná, fez apelo por oração
Pastor Joel Serra, presidente do Movimento Cristão Conservador, deu a ordem para Wellington Macedo voltar a comer.

O pastor Joel Serra é que teve a iniciativa de falar com a advogada. Disse a ela que o inimigo tem objetivo de calar a voz do jornalista. E mandou o recado. “Está na hora de voltar a comer, acabou o jejum de Daniel. Isso é uma ordem espiritual, e ele não ouse desobedecer”. Também evangélica, Holanda compreendeu e passou a mensagem.

Macedo garantiu que obedeceria à ordem do pastor. Ainda está comendo pouco, voltou a beber água, mas distribui a maior parte da quentinha com outros presos. “Estou me adaptando a voltar a comer”. E já sonha com baião-de-dois e caldo de cana com pastel, acrescentou a advogada.

Sobre a questão jurídica, Mônica Holanda disse que tudo que podia ser feito na área do Direito, já tinha sido feito por outros advogados. Assim como o Ministério dos Direitos Humanos fez sua parte. Cabe agora esperar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, pois só depende dele. “Creio na Justiça de Deus, creio na Justiça brasileira, creio que logo teremos a liberdade do Wellington”, disse.

Igreja Deus é Amor, em oração pela libertação do jornalista

Wellington Macedo foi apoiado por advogados desde sua prisão, sendo acompanhado por dois, um de Brasília e um do Ceará. Amiga do casal, e angustiada com a situação de incomunicabilidade, pois nem a esposa conseguia contato, Mônica Holanda deixou Fortaleza no dia 15 para ir a Brasília, de onde só sairá depois da soltura de seu cliente, disse ela.

Mônica Holanda, advogada e missionária

Mesmo sem ser advogada militante, pois a maior parte de suas atividades são de evangelismo missionário, ela conseguiu com administração da penitenciária manter contato com Macedo. A partir do dia 18, quando ela participou do primeiro parlatório virtual, ela conversa diariamente na Papuda, levando conforto de amigos, e de familiares e cuidando da sanidade de seu cliente e amigo.

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