Guedes volta a defender privatização da Petrobras e do Banco do Brasil
O ministro da Economia participou de evento da Câmara Internacional de Comércio.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem (27) que o Brasil vai continuar tentando fazer mudanças no Mercosul. Durante um evento promovido pela Câmara de Comércio Internacional, ele voltou a defender a privatização de estatais, como a Petrobras e o Banco do Brasil, como eixos importantes da política econômica do País.
De acordo com Guedes, as privatizações das empresas estatais são eixos norteadores do planejamento de longo prazo para a economia brasileira. “Continuar com as privatizações: Petrobras, Banco do Brasil. Todo mundo entrando na fila, sendo vendido e isso sendo transformado em dividendos sociais”, destacou.
O ministro ressaltou ainda que, nos últimos dois anos e meio de Governo, foram feitas privatizações que totalizam R$ 240 bilhões. A expectativa de Guedes é de que nos próximos meses sejam aprovadas as vendas de grandes empresas estatais como a Eletrobras e os Correios.
“O plano é transformar o estado brasileiro: contar mais com os investimentos privados, acelerar as desestatizações”.
Acrescentou.
Sobre o Mercosul, o ministro afirmou que o governo brasileiro busca “modernizar” o bloco econômico, mas tem encontrado resistência da Argentina. O grupo é formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
“A nossa posição é de avançar. Nós não vamos sair do Mercosul. Mas nós não aceitaremos o Mercosul como ferramenta de ideologia. O Mercosul tem uma proposta muito clara: é uma plataforma de integração na economia global. Se ele não entregar esse serviço, nós vamos modernizar, os incomodados que se retirem”.
Disse.
O Brasil tem proposto a redução da tarifa externa comum (TEC) em 10% para todos os produtos, enquanto a Argentina defende que apenas parte das mercadorias sejam incluídas na redução. “Nós vamos ficar firmes nessa posição. E a Argentina parece que está muito firme em uma posição antagônica à nossa”, ressaltou Guedes sobre as disputas internas no bloco.
As divergências também são sobre a forma de tomada de decisão dentro do bloco. Atualmente, todas as decisões são feitas a partir de consenso entre os quatro países membros. “É exigido unanimidade para fazer mudança no Mercosul e eles transformam isso em vetos. Na verdade tem três querendo fazer a modernização do Mercosul: Brasil, Paraguai e Uruguai. E Argentina está em um momento muito especial, muito delicado, e nós compreendemos”, comentou o ministro sobre o tema.