Polícia Civil divulga resultado do inquérito que indiciou gerente da loja Zara por racismo

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O resultado do inquérito foi divulgado na manhã desta terça-feira (19/10), que indiciou o gerente da loja por racismo contra a delegada Ana Paula Barroso que foi impedida de entrar no estabelecimento.

A Polícia Civil do Ceará – PC-CE, divulgou na manhã desta terça-feira (19/10), a conclusão do inquérito policial que apurava o caso de racismo contra a delegada Ana Paula Barroso, diretora adjunta do Departamento de Proteção aos Grupos Vulneráveis (DPGV) da Polícia Civil do Ceará (PC-CE). O crime aconteceu dia 14 de setembro na loja Zara em um shopping, no bairro Edson Queiroz em Fortaleza, quando a delegada foi impedida de entrar no estabelecimento sob a alegação de segurança.

O gerente da unidade, Bruno Filipe Simões Antônio, 32, de nacionalidade portuguesa, foi indiciado pelo crime de racismo no artigo 5º da Lei de Crime Raciais. Segundo a PC-CE, o suspeito impediu o acesso da vítima ao estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber o cliente ou comprador.

A Perícia Forense do Estado do Ceará – Pefoce e o Departamento de Inteligência Policial (DIP) da PC-CE, analisaram as imagens que mostram o ato discriminatório do suspeito. Além das imagens foram ouvidas oito testemunhas além da vítima e do suspeito. Entre as testemunhas, uma mulher negra de 27 anos que relatou nas redes sociais ter sido também vítima de racismo, no final de junho deste ano, na mesma loja.

Também foram ouvidas duas ex-funcionárias da unidade que relataram episódios de assédio moral e procedimentos discriminatórios na forma de atendimento a possíveis clientes. Três seguranças do shopping e o chefe de segurança do local também foram ouvidos.

A Polícia Civil analisou as imagens do circuito interno da loja que revelam o tratamento diferenciado dado à vítima.  As imagens mostram que antes da delegada ser expulsa da loja o mesmo funcionário atendeu uma mulher que não era negra e não fazia uso correto da máscara. Além desta cena foram observadas mais situações onde outros clientes não foram abordados e nem retirados da loja.

Para a polícia ter acesso ao material visual foi preciso o cumprimento de um mandado de busca e apreensão do equipamento eletrônico, pois a loja se recusou entregar o material nos dois primeiros ofícios enviados pela delegada da Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza, Anna Nery.

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