Zezé Motta rebate Sérgio Camargo após ela e Djavan serem chamados de ‘pretos vergonhosos’

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A atriz Zezé Motta rebateu o jornalista Sérgio Camargo, presidente da Fundação Cultural Palmares, em uma carta aberta que publicou na última terça-feira, 16, nas redes sociais. Sérgio criticou uma campanha contra o racismo abraçada por diversos artistas ao compartilhar no Twitter fotos de Zezé e do cantor Djavan com uma camiseta que diz: “Imagine a dor, adivinha a cor”. “Não existe nenhuma dor (angústia) exclusiva e específica dos negros por causa da cor da pele. Quem acredita nisso é racista ou um completo imbecil. As emoções dos negros são comuns a todos os seres humanos. O monopólio racial do sofrimento é uma invenção de artistas desocupados! Pretos vergonhosos estes aí”, escreveu Sérgio. Em reposta, Zezé disse que existe “uma dor ancestral” e que ela luta por um país melhor, sem desigualdades e “sem alienados que ocupam cargos extremamente significativos nas instituições que são de extrema importância” para a história do povo negro.

“O ato de um ‘alienado’, compactuar com o aviltamento de artistas que sempre lutaram pela preservação e o respeito à nossa história e às nossas referências nos leva a resistir ao fato da nossa Fundação Palmares estar sob a sua tutela. Pretos vergonhosos? Somos nós que lutamos todos os dias para que a ‘nossa’ Fundação Palmares continue com a filosofia, ideologia e a linha de ação política implantada que tanto lutamos para que fossem instauradas”, escreveu a atriz. “Temos sim, uma dor ancestral, uma luta que, pelo visto, não vai acabar tão cedo devido a ‘contribuição nefasta’ de certos tipos, que só contribuem para um retrocesso que só interessa ao jogo da podridão que só favorece aos jogos de interesses que são contra o avanço e o esclarecimento do nosso povo.” Após Zezé se posicionar, Sérgio declarou: “Negros precisam de autoconfiança e fé nos bons valores. Vocês fomentam o ressentimento e a vitimização, em campanha disfarçada de combate ao racismo. O sofrimento afeta qualquer ser humano, não é uma exclusividade do negro”.

Fonte – JP NEWS

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