Recife, BH e Salvador: Carnaval deve ser restrito a festas fechadas

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O crescimento dos casos da Covid-19 em países europeus e a lentidão na campanha de vacinação no Brasil estão ameaçando a principal festa popular do país.

Há uma enorme tendência de que, em 2022, o Carnaval fique restrito a festas fechadas — e privadas — em alguns dos principais destinos dos foliões. Os eventos seriam exclusivos para pagantes, com a exigência de comprovante de vacinação. Sim, caro leitor: o Carnaval de rua, como conhecemos, não deve dar as caras pelo segundo ano consecutivo. Pelo menos é o que se discute como saída para a festa em Salvador, Belo Horizonte, Olinda e no Recife. No Rio de Janeiro e em São Paulo, pelo menos por enquanto, a folia está confirmada.

 O grande problema na capital baiana é o alto número de pessoas que ainda não foram tomar a vacina contra a Covid-19. Existe a expectativa de uma reunião entre o governador Rui Costa (PT) e o prefeito da capital, Bruno Reis (DEM). O encontro deve acontecer ainda nesta semana. Vem do prefeito de Salvador a ideia de realizar a festa em outra data, fora de época, caso os números da pandemia impossibilitem que o calendário oficial seja seguido. Enquanto isso, artistas como Ivete Sangalo já buscam outras saídas. A baiana alugou um Centro de Convenções e pretende realizar um Carnaval privado durante seis dias, em fevereiro.

Em São Paulo, mais de 70 municípios já decidiram cancelar o carnaval 2022. Botucatu, Sorocaba, Mogi das Cruzes, Poá e Suzano estão na lista das cidades sem folia no ano que vem. Na capital paulista, no entanto, o cronograma oficial está mantido. A decisão final deve ser anunciada até o início de dezembro. No início do mês, a prefeitura de São Paulo recebeu 867 inscrições para desfiles de blocos de rua.

Em Pernambuco, onde as dúvidas ameaçam os carnavais de Recife e Olinda, o secretário de Saúde, André Longo, já declarou que “não há segurança sanitária” para a realização de eventos que envolvam grandes aglomerações. O prefeito da capital, João Campos (PSB) propôs a criação de um comitê para que prefeitos discutam as condições sanitárias que permitiriam a realização da festa. Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte integrariam o grupo. 

“Se a gente não der essa orientação, o Carnaval vai acontecer de forma desorganizada com maior risco para a população”, afirmou.

Fonte – Metropoles

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