Obras do Museu Dom José estão atrasadas há um ano
As obras, iniciadas em dezembro do ano de 2019, tinham previsão de término para dezembro de 2020, há um ano. E, pelo visto, ainda vai demorar muito.
A restauração conta com investimento de cerca de R$ 2 milhões, através de recursos do PAC Cidades Históricas e do Tesouro Municipal, sob a responsabilidade da São Jorge Construções.
O imponente sobrado de estilo luso-brasileiro foi construído em 1844 e é considerado como o mais expressivo patrimônio cultural de Sobral, abrigando o Museu Diocesano de Sobral.
A Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) e Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma) de Sobral órgãos responsáveis por 100% da recuperação do Museu Dom José. Além de fazerem adaptações e instalações de conservação patrimonial, o projeto também prevê a restauração física do edifício.
A previsão é que o Museu seja reaberto nas comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil e 140 anos de nascimento de dom José Tupinambá da Frota. Sete de setembro é o bicentenário da Independência, 10 de setembro aniversário de dom José.
O projeto está incluído boa parte de substituição dos pisos antigos por pisos de porcelanato para criar um ambiente moderno e sofisticado, substituindo parcialmente os pisos e tetos de madeira e substituindo as coberturas existentes. “O Museu Dom José é um edifício muito importante no sítio histórico de Sobral. Esperamos que no próximo ano o museu reabra para receber os turistas de uma forma mais atrativa e confortável”, destaca André Carvalho, coordenador do património histórico.
O museu pertence à Diocese de Sobral, sendo composto por 36 salas com os mais diversos temas, desde imagens sacras, até indumentárias, coleções numismáticas, documentos antigos, paliteiros, liteiras, instrumentos utilizados em castigos de escravos, lavatórios, pinicos, sopeiras, talheres, instrumentos musicais, fósseis etc. Ele é considerado o quinto museu de arte sacra mais importante do Brasil, com mais de trinta mil peças em seu acervo. Possui um público bem eclético, onde as visitações podem ser feitas individualmente, em família, turmas de escola, recebendo crianças, jovens, adultos e idosos.
O Museu, apesar de privado, possui parcerias com Instituições públicas, como por exemplo, a Universidade Estadual Vale do Acaraú, onde são realizados estágios na área de História, pedagogia, biologia, etc. Além disso, existem ações pedagógicas que as vezes são realizadas com público da comunidade.
“As obras se iniciariam antes da pandemia, tiveram que ser suspensas, como todas as atividades; retomaram e estão em seguimento. As obras foram armazenadas em local seguro e são vistoriadas, mas, por questões de segurança não podemos revelar onde elas estão” disse José Luís Lira, diretor do patrimônio.